Lubango – O Hospital Central do Lubango “Dr. António Agostinho Neto” passa a contar com um renovado, ampliado e modernizado bloco operatório, com capacidade para realizar 32 cirurgias/dia, contra 20 anteriores.
O bloco foi entregue neste domingo pela ministra da saúde, Sílvia Lutucuta. As obras ampliaram-no de duas para cinco salas devidamente equipadas com tecnologia de ponta, para realizar cirurgias em ortopedia, esterilização, urologia, neurocirurgia, otorrinolaringologia, maxilo-facial, estomatologia, queimaduras e laproscopica.
As cirurgias laproscopica serão feitas pela primeira vez, mediante uma parceria rubricada recentemente com Portugal, na base da formação de especialistas na área.
Nos últimos quatro anos, as cirurgias eram feitas em blocos improvisados na torre inferior da unidade, onde a ministra inaugurou, também, a nova Unidade de Cuidados Intensivos.
Na ocasião a directora-geral do Hospital Central do Lubango, Maria Lina Antunes, afirmou que esse investimento veio melhorar o atendimento aos pacientes a nível da região sul do país e não só, além das condições de trabalho dos especialistas.
Fez saber que a aquisição do material de especialidade para o bloco é fruto de um projecto denominado “chave na mão”, rubricado recentemente entre o governo de Angola os congéneres de Portugal e Suíça.
Conforme a gestora, que o bloco vai funcionar com mais de 30 especialistas, alguns dos quais em formação fora do país e entram em actividade em Janeiro de 2023.
Já o governador da Huíla, Nuno Mahapi, sublinhou que o novo bloco, um investimento público-privado, representa um salto na melhoria da qualidade de uma assistência médica contínua e humanizada.
Por sua vez, a ministra da saúde, Sílvia Lutucuta, considerou uma mais-valia, pois os doentes que procurarem tais serviços terão todas as condições criadas, sem que busquem solução na Namíbia ou África do Sul.
Lembrou que havia um grande problema nos blocos operatórios, que não dispunham de condições materiais, por isso em 2018, após a visita do Presidente da Republica, João Lourenço, tomou-se a decisão de reabilitá-lo e modernizá-lo.
“Temos uma excelente equipa aqui neste hospital e agora com as ferramentas, espaços e condições de trabalho para prestar melhores serviços aos nossos utentes”, disse.
Por outro lado, Sílvia Lutucuta, destacou os avanços do sector nos últimos quatro anos, sobretudo no combate às grandes endemias, como a malária.
No âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) foram construídas e inauguradas, 87 novas unidades hospitalares de referência, algumas ampliadas e modernizadas.
O hospital central Dr. António Agostinho Neto comporta 523 camas e labora com 148 médicos, dos 120 necessários, entre angolanos e expatriados e 338 enfermeiros, alem de pessoal de apoio e administrativos.
