Luanda - Dois mil quinhentos e cinquenta e dois casos de hepatites virais foram notificados, entre 2021 e 2022, pelo Instituto Nacional de Luta contra o Sida, anunciou, esta sexta-feira, em Luanda, a instituição.
De acordo com a chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Sida, Maria do Rosário Marques, que falava durante um worskhop sobre hepatites, os casos notificados foram em crianças, adolescentes, adultos e grávidas.
Hepatite é um tipo de inflamação do fígado causada por vírus e bactérias diversos e até pelo consumo excessivo de álcool e drogas.
As hepatites virais mais frequentes são A ,B e C, sendo a de maior prevalência no país a do tipo B. Angola apresenta uma prevalência de 14 por cento de hepatite B, uma taxa considerada das mais altas, a nível da África Subsariana.
Por outro lado, a responsável assegurou que a vacina ainda é a melhor forma de prevenção em bebés e mulheres em idade fértil.
Apelou a todos a conhecerem o seu estado serológico precocemente e buscar informações sobre a vacina.
Já a chefe do Departamento do Apoio Clínico Medicamentoso do INLS, Graça Elizabeth Manuel, que apresentou a situação actual da implementação do programa das hepatites, o mesmo está em execução em três províncias, designadamente Luanda, Benguela e Cuanza Sul.
A nova abordagem para o atendimento de pacientes e principalmente a transmissão de informação para a população no cuidado a ter com as hepatites, são algumas das novas valências do programa acima referido, adiantou.
Garantiu que o país possui medicamentos para o tratamento das hepatites, basta apenas o utente se dirigir a uma unidade sanitária para primeiramente ser avaliado, diagnosticado e tratado.
Hepatites no mundo
Segundo um estudo publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 70 por cento das infecções por hepatite B em todo mundo ocorrem em África, onde 91 milhões de pessoas padecem dessa doença.
Em 2021, apenas 2 por cento dos infectados com hepatite B foram diagnosticados e apenas 0,1 por cento receberam tratamento.
