Caála - As mulheres do município da Caála, província do Huambo, pediram, esta sexta-feira, a melhoria dos serviços de planeamento familiar nas unidades sanitárias públicas, que se debatem com a carência de métodos apropriados.
O pedido foi feito à ANGOP, no final de uma palestra sobre “A importância do planeamento familiar”, inserida na jornada Março-Mulher.
Disseram que a carência de métodos como microginon, sayana, depoprovera, jadel e preservativos tem comprometido a cultura da planificação e prevenção de gravidezes indesejadas e precoces.
Por esta razão, solicitaram a disponibilização pontual desses serviços, para contínua consciencialização da população sobre a importância de realizar, de forma regular, o planeamento familiar.
Juliana Chilanda, de 25 anos de idade, disse que a ineficácia desses cuidados, nos últimos tempos, nos hospitais públicos, pode comprometer a rotina do espaçamento e planificação das gestações de muitas famílias ou mulheres, sobretudo, do meio rural.
Para reverter a situação, Teresa de Fátima Jamba, de 31 anos de idade, defende maior comprometimento das autoridades governamentais, em particular de saúde e parceiros, na assistência aos cuidados de saúde sexual e reprodutiva ao nível local, provincial e nacional.
Joana de Oliveira, de 43 anos, lamentou o facto de muitas mulheres serem obrigadas a recorrer ao sector privado, para obter essa assistência, situação que precisa ser revertida, para maior abrangência e bem-estar desta franja social nas comunidades.
Em resposta, a supervisora da Saúde Reprodutiva no município da Caála, Maria Livamba, admitiu haver insuficiência de métodos de planeamento familiar nas unidades sanitárias locais, há quase três meses, um problema conjuntural, uma situação que será revertida nos próximos tempos.
Sinalizou que, apesar das restrições, em média semanal, 100 mulheres afluem às unidades sanitárias locais em busca desses cuidados, facto que demonstra a mudança de mentalidade da população em relação ao planeamento familiar.
Lembrou que o município da Caála controla nove unidades sanitárias que oferecem cuidados de saúde sexual e reprodutiva, que, de Janeiro à presente data, assistiram 600 mulheres na área de planeamento familiar. MLV/JSV/ALH