Luena – Pessoas de diversos segmentos da sociedade na província do Moxico marcharam hoje na cidade do Luena, para apelar ao fim do estigma contra pessoas que convivem vivem com VIH-SIDA.
Durante a marcha, os participantes, maioritariamente os profissionais de saúde exibiram frases como "não ao estigma", “não a descriminação", "abaixo o preconceito", em solidariedade às pessoas portadores do vírus do SIDA.
Após a realização da marcha de três quilómetros iniciada no Monumento à Paz com término na estação do CFB, arredores do Luena, o director do Gabinete Provincial da Saúde, Tiago Mário, afirmou que o estigma continua a ser “um mal vivenciado diariamente pelas pessoas portadora do Sida.
"É necessário acabar com o estigma e a descriminação, para que os doentes aderirem ao tratamento da doença, evitando a morte prematura", frisou o director da Saúde.
Explicou que o acto visa, ainda, aumentar a consciencialização, sensibilização e mobilização das pessoas, bem como ressaltar a necessidade da protecção dos direitos destas pessoas.
Por seu turno, a madrinha do Programa "Nascer livre para brilhar" no Moxico, Maria Muangala, reiterou a necessidade de as mulheres gestantes aderirem às consultas pré-natal e realização de partos nas unidades sanitárias.
Informou que de Janeiro até Outubro do ano em curso, houve a adesão ao programa de 19 mil 699 gestantes, dos quais 516 testaram positivo e 270 aderiram ao tratamento. Neste período, 140 crianças foram livres do HIV-SIDA.
Dados dos últimos 10 meses indicam que na província do Moxico foram registados dois mil 787 casos positivos de HIV-Sida, dos quais dois mil 560 adultos, resultado de 46 mil pessoas testadas, causando 150 mortes. LTY/TC