Talatona- O Ministério da Saúde reafirmou, nesta quinta-feira, em Luanda, o compromisso do Executivo angolano na prevenção e redução de mortes por malária no país.
Esta informação foi avançada, pelo secretário de Estado para Saúde Pública, Carlos Alberto Pinto, quando discursava no Fórum Nacional de Parceiros Contra a Malária, alusivo ao dia mundial da malária assinalado hoje, 25 de Abril.
O governante informou que com a melhoria do sistema de notificação, o país continua a registar um declínio em relação aos números de óbitos, de 12 mil e 480 casos ,em 2022, para 10 mil e 89 em 2023, representando uma redução percentual de 19 por cento.
De acordo com o gestor, dados dão conta que em 2023, foram notificados perto de 10 milhões, 386 mil e 368 casos de malária, sendo a faixa etária mais atingida a de maiores de 15 anos de idade, com 38% do total dos registos.
O governante afirmou que o compromisso do estado nesta redução, está ligada ao incentivo, investimento contínuo na prevenção, controlo e eliminação da doença a nível do país.
De acordo com ele, essas acções serão garantidas de maneira que os serviços de luta contra a malária estejam cada vez mais integrados nos cuidados primários de saúde.
Carlos Alberto Pinto, apontou a necessidade da criação de um mundo com zero-malária para um futuro mais igualitário que salvaguarde os direitos humanos de todos, colocando as pessoas no centro das intervenções, com abordagens transversais e multissetoriais para a eliminação da doença.
"Garantimos que os serviços de luta contra a malária estarão cada vez mais integrados nos cuidados de saúde primários, reforçando a participação das comunidades, dando prioridade ao financiameneto e a implementação de ferramentas que salvam vidas nas comunidades mais afectadas, fazendo intervenções específicas para chegar nestes locais que são frequentemente ignoradas por intervenções", sublinhou.
Por outro lado, explicou que o ministério vai levar os serviços contra a malária, incluindo as comunidades com deficiência, rurais e nómadas, tirando partido do seu conhecimento local para adaptar os esforços de resposta ,no sentido de obter o máximo impacto.
Avançou que a pretensão é continuar a mobilizar e a garantir que os parceiros, o sector privado, às organizações da sociedade civil e o mundo académico dediquem maor atenção ao reforço urgente do investimento na luta contra a malária e na investigação sobre esta doença, para acelerar os avanços tecnológicos e a adopção de inovações que permitirão pôr fim à malária, até 2030.
O Dia Mundial da Luta contra a Malária foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2007, com a finalidade de reconhecer o esforço global para o controle efectivo da doença.
A malária é uma doença infecciosa, febril ,aguda transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo microrganismo Plasmodium.
Os sintomas mais comuns são os calafrios, febres, dores de cabeça e musculares, aumento dos batimentos cardíacos e do baço e, por vezes, delírios.VS/MAG