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Minsa alerta perigo no consumo de tubérculos crus

     Saúde              
  • Luanda • Quinta, 07 Novembro de 2024 | 16h30
Venda e preparação de Mandioca no Kuimba, província do Zaire
Venda e preparação de Mandioca no Kuimba, província do Zaire
Emerson Hossi-ANGOP

Luanda – O Ministério da Saúde de Angola recomenda a população a abster-se de comer comida crua, principalmente mandioca, batata-doce, batata e ginguba para evitar a intoxicação alimentar similar à doença de konzo.

Num comunicado tornado público esta quarta-feira, o Ministério da Saúde explica que a “doença de konzo” afecta as estruturas responsáveis pela força muscular do organismo (os neurônios do trato cortico-espinal) que já provocou a morte de duas pessoas no país.

De carácter permanente e início abrupto, a intoxicação ocorre devido à ingestão de substâncias químicas presentes em pesticidas, insecticidas ou por compostos cianogénicos (cianeto) encontrados na mandioca e folhas de mandioqueira.

A nota menciona que a intoxicação se manifesta por dores abdominais, vómitos, cefaleia (dor de cabeça intensa), vertigens, alteração da fala, dificuldade e desequilíbrio na locomoção.

De acordo com o Ministério da Saúde, estes alimentos devem ser lavados em água quente antes de cozinhar ou fritar e só depois consumí-los.

“A mandioca a consumir assada, cozida ou frita deve ser fervida em água por, no mínimo, 50 minutos. Para a crueira (ou bombó para farinha, fuba ou outros fins) deve passar em, pelo menos, três águas antes de pôr a secar”, esclarece o documento.

Recomenda que a água residual da preparação da mandioca para crueira não deve ser reutilizada para nenhum fim.

No geral, todas as hortaliças consumidas cruas devem ser antes cuidadosamente lavadas com água fervida ou tratada com cinco gotas de lixívia por litro.

O departamento ministerial alerta também para um maior cuidado em relação às crianças, por elas se revelarem mais vulneráveis aos efeitos nocivos da intoxicação alimentar.

Em meados de Setembro último, o Ministério do Ambiente apelara à população a não consumir mmolusco e o peixe raia, devido a possível  contaminação marinha causada pelo aparecimento de algas noctilucas.





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