Luanda - O ministro do Ensino Superior, Tecnologia, Ciência e Inovação, Albano Ferreira, apelou hoje, sexta-feira, no Namibe, ao engajamento das Instituições de Ensino Superior (IES) para apoiar no combate ao surto de cólera que se vai espalhando um pouco por todo o país.
Numa nota deste órgão enviado à ANGOP, o governante ressaltou pretenderem que os docentes, estudantes e investigadores do sector apoiem essa campanha de carácter multisectorial orientada para o combate desta doença.
Isso, refere, deve acontecer inclusive com uma "atitude de voluntariado", dando nota das evidências recentes que surgem de casos de sarampo que também estão a surgir na parte leste do país.
Segundo o boletim informativo do Ministério da Saúde (MINSA), que procede à actualização diária dos dados da cólera em Angola, cento e vinte cinco novos casos foram registados nas últimas 24 horas, nas províncias de Luanda, Bengo, Icolo e Bengo, Cuanza-sul e Malange.
Os casos foram confirmados pelo Centro de processamento de Dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Direcção Nacional de Saúde Pública.
Desde o inicio do surto, na primeira semana de Janeiro de 2025, foram reportados um cumulativo de 3.543 casos, sendo 1.753 em Luanda, 1.297 no Bengo, 446 no Icolo e Bengo, 20 no Cuanza-Sul, sete em Malanje, seis no Huambo, igual número na Huíla, cinco no Zaire, dois no Cuanza-Norte e um no Cunene, com idades compreendidas entre dois e cem anos.
Ocorreram desde o início do surto 117 óbitos, dos quais 55 em Luanda, 45 no Bengo, 15 no Icolo e Bengo e dois no Cuanza-Sul.
A cólera é uma doença bacteriana infecciosa intestinal aguda, transmitida por contaminação fecal-oral directa ou pela ingestão de água ou alimentos contaminados, cujos sintoma principal é a diarreia aquosa, com ou sem vómitos, dor abdominal e cãibras musculares. Quando não tratada prontamente, pode ocorrer desidratação intensa, levando a graves complicações ou até mesmo a óbito. SEC