Luanda - A ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, reiterou, esta terça-feira, em Luanda, a importância da coordenação entre as autoridades de saúde da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), para em conjunto darem uma melhor e oportuna resposta aos principais desafios identificados.
Silvia Lutucuta falava durante o acto de abertura do encontro da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), dedicado à apresentação do Projecto Regional de Melhoria dos Sistemas de Vigilância.
A titular da pasta de saúde defendeu, por isso, a necessidade de reforço dos mecanismos de coordenação para a implementação e manutenção de estratégias.
Para a ministra, que preside a sessão, uma coordenação dinâmica entre as autoridades de saúde pública, animal e ambiental dos países da sub-região africana, vai assegurar uma eficiente implementação e sustentabilidade das medidas preventivas e reactivas.
Silvia Lutucuta disse estar convicta de que dentre as várias estratégias e abordagens coordenadas, a iniciática “Uma só Saúde, Humana, Animal e Ambiental”, é a mais assertiva no que concerne à prevenção e resposta às epidemias no continente e a nível da Comunidade de Estados da África Central.
Considerou a reunião como oportuna para os representantes abordarem temáticas que afligem os povos e impactam significativamente no bem-estar e desenvolvimento socioeconómico das nações.
Referiu que esta sub-região africana possui aproximadamente 200 milhões de habitantes, maioritariamente jovens, rica em recursos naturais, com a segunda maior floresta do mundo depois da Amazônia, merecendo, por isso, uma maior atenção para a prevenção das doenças zoonóticas.
“As florestas são reservatórios de doenças infecciosas emergentes e reemergentes e, perante esta realidade, torna-se preponderante unir os esforços para combater todos os desafios que possam comprometer uma resposta eficaz aos eventos de saúde cada vez mais associados às doenças zoonóticas “, acrescentou.
Entretanto, referiu, é neste contexto e visando a melhoria da saúde regional e continental, que cinco, dos doze Estados membros da CEAAC, nomeadamente Angola, Repúblicas Centro Africana, Democrática do Congo, do Congo e o Tchad, têm beneficiado do financiamento do Banco Mundial, no âmbito do projecto “REDISSE IV”, virado para o apoio e o fortalecimento do sistema de vigilância de doenças.
Disse estar convicta de que o financiamento a este “enorme” projecto é uma iniciativa louvável do parceiro Banco Mundial, e observando os progressos no que toca ao reforço dos sistemas de saúde em vários sectores, a ministra da Saúde acredita estarem evidenciados os grandes motivos para continuidade desta estratégia e colaboração.
Em relação ao encontro, a governante disse serem altas as expectativas que recaem sobre o mesmo, pois os assuntos em debate e possíveis resoluções darão origem a propostas que serão apresentadas na próxima sessão do Comité Directivo Regional.
O encontro, que vai decorrer até ao dia 13 deste mês, está a abordar as principais realizações do projecto REDISSE IV”, a situação sanitária dos países beneficiários, a apresentação e análise do desempenho do referido programa, bem como o relatório de progresso das actividades implementadas pelos parceiros. EVC/ART