Talatona - A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, defendeu, esta terça-feira, a necessidade de os países da SADC ampliarem os esforços preventivos e a introdução de vacinas com alta eficácia contra a malária nos programas de vacinação de rotina.
A governante, que falava na abertura da reunião conjunta dos ministros da Saúde e dos responsáveis pelo combate ao VIH/SIDA da SADC, justificou que a malária é responsável por 95% de casos e óbitos na região.
Apesar da incidência da tuberculose ter diminuído na região entre 2016 e 2021, situando-se em 13 por cento, Sílvia Lutucuta disse que continua a ser um problema de saúde pública, sendo crucial reforçar a cobertura de diagnóstico e tratamento, com recursos adequados, pessoal qualificado, equipamento de diagnóstico e tuberculostáticos para "avançarmos rumo ao objectivo de se pôr fim à tuberculose".
“Enfrentamos uma realidade complexa na luta contra o VIH na região da SADC”, disse.
O aumento do número de pessoas portadoras de VIH/SIDA é também outra preocupação da ministra, referindo ser um reflexo positivo da expansão da detecção e da cobertura do tratamento com anti-retrovirais.
Para a ministra, deve-se manter o impulso e intensificar os esforços para a implementação da estratégia dos Direitos de Saúde Sexual e Reprodutiva.
A titular da pasta da saúde disse que a desnutrição infantil não é apenas um problema de saúde pública, é uma crise que afecta o coração dos países da SADC e a nível global, comprometendo o potencial de muitas crianças e, portanto, o futuro colectivo.
Em relação à obesidade infantil, referiu que a resposta a esse problema não cabe apenas ao sector da saúde, mas também a todos os sectores envolvidos na segurança alimentar, saneamento e higiene e educação.
“Precisamos de uma abordagem integrada que aborde todos os aspectos da má nutrição”, alertou a governante, que advoga acesso de cada criança à uma alimentação saudável, educação nutricional e oportunidades para um estilo de vida activo.
“A cooperação entre os países da região e a cooperação internacional são essenciais. Compartilhando conhecimento, recursos e experiências, podemos fortalecer a nossa capacidade de enfrentar esses desafios juntos, podemos construir uma comunidade mais segura, mais preparada e mais resiliente”, asseverou.
Conforme a ministra, a colaboração com agências das Nações Unidas e outros parceiros globais é vital, já que organizações como a OMS, FNUAP, UNICEF, ONUSIDA, Fundo Global e o USAID trazem não apenas financiamento, mas também uma experiência técnica inestimável e melhores práticas globais.
Dados disponíveis dão conta que Angola registou, em 2022, 9.211.346 casos de malária, um aumento de 0,4 por cento em relação ao ano de 2021. No mesmo ano foram registados 12.480 óbitos devido à doença.VS/VM