Luanda - A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, pediu, este sábado, em Luanda, colaboração na fiscalização da gestão dos medicamentos nos hospitais, para se evitar que os doentes sejam obrigados a comprar os fármacos fora das unidades sanitárias públicas.
Segundo a governante, que falava à imprensa à margem de uma visita aos hospitais municipais de Luanda, para que os centros deixem de passar as receitas para os utentes comprarem medicamentos fora, quando existem fármacos armazenados, deve haver fiscalização, papel exercido por todos, desde os pacientes até a comunicação social.
Acompanhada pela governadora Ana Paula de Carvalho e pelos secretários de Estado, Leonardo Inocência e Franco Mufinda, a ministra referiu que apesar dos desafios, o importante é nunca cruzar os braços, adiantando que se está a trabalhar nos mais variados níveis de assistência.
Sílvia Lutucuta referiu que em conjunto com membros do Governo Provincial de Luanda (GPL), o MINSA tem estado a realizar um périplo pelos municípios, durante o qual constatou a necessidade do reforço em medicamentos em algumas unidades sanitárias.
“Temos estado a interagir com a população e mostrar que temos medicamentos nas unidades sanitárias. Não há necessidade de lhes passar uma receita para comprar os medicamentos fora”, adiantou.
No hospital municipal de Cacuaco a ministra entregou uma máquina de anestesia para o centro cirúrgico de obstetrícia, no sentido de reactivar o local que se encontra encerrado há algum tempo.
Sílvia Lutucuta adiantou que electromedicos encontram-se a trabalhar no Hospital de Cacuaco para dar tratamento aos eventuais meios que precisam de substituição de peças ou algumas afinações para que, a curto prazo, o bloco operatório comece a funcionar e seja possível fazer as cesarianas no local.
Conforme a ministra, o encerramento do bloco operatório do Hospital Municipal de Cacuaco tem causado uma pressão muito grande nas maternidades Lucrécia Paim e Augusto Ngangula.
Entretanto, a governadora a de Luanda admitiu que no Hospital Municipal de Cacuaco foram detectados muitos constrangimentos, entre os quais o facto de os utentes internados serem obrigados a comprar os medicamentos fora.
Paula de Carvalho avançou que se vai trabalhar no sentido de se tomar medidas e ultrapassar a situação, pois se pretende que a população tenha acesso a estes serviços.
O GPL traçou como prioridade a educação e saúde e tem estado a trabalhar com os administradores e directores municipais para melhorar estes serviços.