Talatona – A Ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta, presidiu, nesta sexta-feira, em Luanda, o acto simbólico de lançamento dos exames de admissão para os cursos de especialização em enfermagem.
As especializações, com tempo previsto de 18 meses a dois anos, vão abranger áreas prioritárias, como cuidados primários de saúde, saúde materna e neo-natal, saúde da criança, nefrologia, anestesiologia, obstetrícia e medicina cirúrgica.
A iniciativa faz parte de um plano do governo que pretende capacitar nove mil enfermeiros, num período de cinco anos, com objectivo de reforçar o sistema nacional de saúde.
Durante a abertura, a ministra salientou que nesta fase inicial, foram selecionados quatro mil e 734 candidatos para realizar as provas de admissão, distribuídas nas províncias de Cabinda, Luanda, Kwanza Sul, Kwanza Norte, Bengo, Lunda Sul, Uíge, Bié, Huíla, Cunene, e Benguela.
Referiu que esta é a primeira formação de especialização para licenciados em enfermagem no sector público da saúde.
“É um marco histórico no nosso sistema. Em cinco anos, pretendemos especializar nove mil profissionais para elevar o nível de assistência à saúde, formando especialistas com competências específicas para enfrentar os desafios do sector”, disse.
Segundo a ministra, as formações vão preencher lacunas e aliviar a pressão sobre o sector e ampliar a capacidade de resposta às necessidades da população.
Disse que em Luanda, os exames decorreram no Instituto Médio de Saúde da Centralidade do Kilamba, no Instituto Politécnico de Saúde do Zango 5000, e no Hospital do Prenda, com apoio do Ministério da Educação e do Ministério da Defesa, para garantir a segurança dos exames e que se evite fuga de provas.
“A formação é aberta a todos os licenciados em enfermagem, sem restrição de idade. O mérito será o principal critério de selecção, e apenas os melhores serão admitidos. A nota mínima é 10, mas priorizaremos os candidatos com as classificações mais altas”, no nosso Sistema de saúde público temos quase enfermeiros licenciados e a aderência foi alta”, disse.
Na ocasião, o bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Eduardo Caiangula, ressaltou a relevância da formação e informou que os enfermeiros representam mais de 60% do sector da saúde, sendo um pilar fundamental para o funcionamento das unidades sanitárias.
“A formação especializada surge num momento crucial para qualificar e oferecer melhores serviços à população”, concluiu.
A ordem dos enfermeiros conta com mais de 100 mil enfermeiros registados.GIZ/MAG