Luanda- Os médicos das unidades hospitalares públicas retomaram, esta segunda-feira, após duas semanas de paralisação.
Nas unidades sanitárias, à ANGOP constatou um grande movimento de especialistas preocupados em atender os utentes nas consultas em várias especialidades.
Segundo a directora Clínica do Hospital Josina Machel, Vanda Cristóvão, os médicos da marcaram presença massiva nas primeiras horas do dia.
Fez saber que toda equipa médica se fez presente na primeira reunião diária e posteriormente dirigiram-se aos postos de trabalho para cumprimento das actividades laborais hospitalares sem nenhum sobressalto.
Para si, os médicos devem ser cumpridores das suas decisões, carregando sempre a responsabilidade e boa fé, razão pela qual levantada a greve, com os acordos estabelecidos, devem voltar a labutar.
"Os médicos voltaram às suas actividades como se nada tivesse acontecido. Foi uma surpresa. Estão a cumprir com os horários correspondentes", frisou.
Por seu turno, o director do Hospital Pediátrico David Bernardino, Francisco Domingos, também confirmou a presença de todos os médicos nas salas de consultas desde as primeiras horas da manhã.
De acordo com o responsável, é de louvar a volta dos trabalhadores após o acordo com a entidade patronal.
O movimento de médicos foi verificado, igualmente, no Hospital Américo Boavida, nas várias áreas de atendimento.
A propósito do fim da greve, os utentes manifestaram-se felizes com a volta dos médicos aos hospitais.
O utente João Sampaio disse que durante a greve teve que recorrer aos serviços privados.
Já Catila António disse que durante essas duas semanas esteve bastante aflita porque encontrava-se com a filha doente e ao procurar o serviços médicos não obteve resposta, vendo-se obrigada a recorrer a uma clínica. .
"Tive que gastar muito dinheiro para a minha filha ser assistida, porque não sabia aonde pedir ajuda com a greve dos médicos”, reforçou a utente.
Os médicos decretaram uma greve no período de 6 a 18 deste mês, reivindicando o pagamento de subsídios, melhores condições laborais, enquadramento de mais profissionais, de entre outras exigências. segurança dos profissionais da classe, a melhoria do sistema de saúde, a humanização dos serviços e a transparência, entre outros.