Uíge - A maternidade municipal do Uíge registou, desde 2024, oito casos de fístula obstétrica em mulheres com idades de 15 a 45 anos, informou hoje, sexta-feira, o director clínico desta unidade hospitalar, Batoba João.
Em relação à doença, disse ser uma ruptura no canal vaginal, geralmente causada por partos demorados ou obstruções na hora de dar a luz, referindo que a ausência de cuidados médicos pode causar incontinência e vazamento das fezes.
Batoba João explicou que os casos de fístula registados na região são transferidos para a capital do país, a fim de as mulheres serem submetidas ao procedimento cirúrgico, que consiste em fechar o orifício criado durante o longo período de parto, para permitir que a bexiga volta ao seu funcionamento normal.
O especialista em obstetrícia lamentou o facto de muitas mulheres insistirem nos partos caseiros, correndo vários riscos para o bebé e a mãe.
Por essa razão, exortou as gestantes a evitar essas práticas, acrescentando que se devem dirigir a uma unidade hospitalar, para ser acompanhado por um especialista, desde as consultas pré-natal.
Por sua vez, a secretária provincial da OMA, Teresa Canda, disse que a actividade visa informar às mulheres sobre a doença, bem como identificar mulheres e cadastrá-las, para o tratamento e serem submetidas ao procedimento cirúrgico.
Constam ainda das actividades da OMA, alusivas ao Março Mulher, palestra sobre “Actividades das mulheres durante os 50 anos de independência, papel da mulher na sociedade, entre outras acções.EPP/JAR