Matala - As autoridades sanitárias da Matala, província da Huíla, através da Comissão Multi-sectorial de Prevenção e Combate a Cólera, intensificou a sensibilização contra o surto, com o envio de activistas aos bairros, onde mantêm contacto com as comunidades e deixam mensagens sobre acções concretas para evitar a doença.
A partir de hoje, quarta-feira, as autoridades deixaram de limitar-se as mensagens nos meios de comunicação de massa, passaram a intervenções directas e conversas com as comunidades ribeirinhas, sobretudo.
Nos bairros, povoações, aldeias, mercados e igrejas, o trabalho passa por alertar a população a adoptar medidas preventivas a desinfecção da água com lixívia ou fervura, lavar os alimentos com água tratada e não defecar ao ar livre, este último ponto, uma prática comum no município, de acordo com o responsável da equipa de trabalho, Daniel Zacarias Catengue.
Em declarações à ANGOP, frisou que a campanha de sensibilização está ser feita, porta a porta, em igrejas e nos mercados informais, para que o maior número de pessoas conheça os perigos da doença e as formas de evitá-la.
Daniel Catengue sublinha que apesar de o município não ter registado casos de cólera, é necessário manter o alerta, face a propagação rápida, dado que o Huambo, uma província vizinha, já registou a enfermidade.
Com uma população estimada em 355 mil 956 habitantes, o município da Matala é propenso à cólera, dado que é banhado pelo rio Cunene, para além de ter um canal de irrigação com 42 quilómetros usado, também, para necessidades domésticas e mais de 70 por cento da sua população usa poços como fonte de água para o consumo. MS