Lubango - Duzentos e 49 enfermeiros licenciados das províncias da Huíla e do Namibe foram hoje, sexta-feira, no Lubango, submetidos a exame de acesso aos cursos de especialização, nas áreas Medicina Cirúrgica, Anestesia e Reanimação, Puericultura e Pediatria, Saúde Materna e Neonatal.
Os exames de acesso para as especialidades de enfermagem-geral, fazem parte de um projecto do Ministério da Saúde, com financiamento de 200 mil dólares do Banco Mundial, destes 175 milhões voltados só para custear a formação.
O foco é formação emergencial de enfermeiros nos hospitais, com o suporte de 160 docentes nacionais, do Brasil e de Portugal. A meta é, até 2028, formar nove mil enfermeira em várias áreas de especialização, cujo arranque acontece na província da Huíla.
Trata-se de 211 candidatos da Huíla e 48 Namibe, cujos exames foram realizados em oito turmas do Hospital Central do Lubango “António Agostinho Neto” e em uma sala da Maternidade “Irene Neto”, cujos critério para selecção dos candidatos foi ser licenciado e funcionário da saúde.
Em declaração à ANGOP, a chefe do departamento de Estatística, Planeamento e Recursos Humanos do Gabinete provincial de Saúde da Huíla, Elisabeth José, fez saber que a Huíla é um pólo de formação e vai assistir à província do Namibe.
Detalhou que nesta primeira fase, está contemplado com quatro cursos e nas fases subsequentes poderá estar abrangida com outras especialidades. As provas tiveram a duração de duas horas, para o efeito foram criados supervisores para controlarem as provas, dois em cada turma.
Sublinhou que a escolha das áreas de especialização, cujas aulas terão inicio a 20 de Janeiro de 2025, foi em função dos serviços abertos nas unidades sanitárias onde foram realizados os exames e dos docentes disponíveis para ministrarem tais cursos de especialidade.
Por sua vez, o especialista para área de Formação dos Recursos Humanos do Ministério da Saúde, Janel Quitumba, este é um projecto que visa a cobertura universal de saúde em Angola que contou com o financiamento do Banco Mundial e teve o seu arranque em Fevereiro do ano em curso.
Segundo o responsável, o projecto tem como objectivo capacitar, especializar ao todo, pelo menos 38 mil profissionais do serviço nacional de saúde até 2028, sendo três mil médicos em formação especializada pós-graduada.
O país conta com o registo no SIGA RH, do Ministério da Saúde, de pelo menos seis mil enfermeiros licenciados, quatro mil e 400 médicos internos e continua a trabalhar para a inserção de profissionais no sistema. BP/MS