Huambo - Duzentos e 66 pessoas morreram vítimas de malária, nos primeiros três meses deste ano, na província do Huambo, mais 25 óbitos em comparação ao igual período de 2020, apurou a ANGOP, esta quarta-feira.
Ao confirmar o facto, o chefe do departamento de Saúde Pública nesta região, Celestino Maquina, disse que as mortes resultaram de 215 mil e 673 casos diagnosticados nas unidades sanitárias dos 11 municípios da província.
Comparativamente a igual período de 2020, registou-se o aumento de 57 mil e 658 casos de malária, situação que preocupa as autoridades sanitárias, principalmente por afectar mais crianças, menores de cinco anos de idade, e gestantes.
Celestino Maquina apontou o incumprimento das medidas de prevenção da doença, como o uso de mosquiteiro, o débil saneamento básico em algumas localidades e a chegada tardia dos pacientes às unidades sanitárias, como estando na base desse aumento.
Destacou ainda a insuficiência de medicamentos e reagentes para testagem em vários hospitais e centros de saúde, bem como a fraca realização de campanhas anti-vectorial e de distribuição de mosquiteiros impregnados com insecticida, como sendo outras causas do aumento da doença.
Celestino Máquina citou os municípios do Ecunha, Cachiungo, Londuimbali, Mungo, Chicala-Cholohanga, Chinjenje e Ucuma, como sendo os que mais casos de malária registam ao nível das 11 municipalidades da província do Huambo.
Por isso, realçou a necessidade de haver um maior envolvimento da população na luta contra malária, começando pelo reforço do saneamento básico no âmbito familiar e nas comunidades.