Lubango – Cento e 51 pessoas, de entre elas crianças e jovens, morreram vítimas de diversos tipos de cancro, no Hospital Central do Lubango “Dr. António Agostinho Neto”, num universo de mil e quatro casos diagnosticados em 2023.
Comparativamente a 2022, a unidade registou uma queda de 10 óbitos. As vítimas tiveram os cancros da próstata, dos pulmões, do fígado e do cérebro.
Em entrevista à ANGOP, a directora daquela unidade sanitária, Maria Lina Antunes, afirmou que a média de casos é de 73 por mês, com uma taxa de prevalência de 48,4% a cada cem mil pessoas.
Dos casos diagnosticados, conforme a fonte, 41 foram em crianças e 368 em jovens, esta última representa 59,7% do gráfico geral.
Das cinco primeiras localizações do cancro, disse a médica, 23,4 por cento foram do pulmão, pele, fígado e cérebro.
Sublinhou que a maior parte dos doentes é proveniente do Namibe, Cunene, Cuando Cubango, Benguela e Huambo, que afluem ao hospital em busca da saúde, dada disponibilidade do serviço de oncologia.
Em relação a funcionalidade da sala de quimioterapia, a responsável afirmou que ainda mantém-se fechada, por falta de verbas para a compra de medicamentos a partir do exterior do país e outros meios para a terapia.
“Não temos medicamentos suficientes para pôr a funcionar o espaço, daí que continuamos a bater portas no Instituto Internacional de Oncologia de Portugal e no de Moçambique, para o apoio que se impõe, mas enquanto não obtivermos resposta os serviços de quimioterapia não funcionarão”, disse. JT/MS