Ondjiva- Quatrocentos 26 animais de estimação foram imunizados contra a raiva no l trimestre deste ano, pelos Serviços Veterinários da província do Cunene, contra os 304 de igual período anterior.
Os animais foram vacinados durante o processo de rotina que decorreu nas sedes municipais, de modo a assegurar a saúde pública e reduzir casos de óbitos provocados pela raiva na província.
A informação foi prestada, segunda-feira, à ANGOP, pelo chefe de departamento dos Serviços de Veterinária do Cunene, Cláudio Simão, sublinhando que, apesar do aumento, o número de animais ainda não é satisfatório, tendo em conta o elevado número de cães existentes na região.
O responsável afirmou que a nível das zonas urbanas, a campanha está acima de 60 porcento, mas a maior preocupação é nas zonas rurais, onde há maior número de animais, mas devido à distância e falta de programas abrangentes tem sido difícil levar a vacina nestas localidades.
Neste sentido, realçou a necessidade de elevar a mobilização e consciencialização dos utentes, no sentido de terem o domínio sobre os perigos da raiva, uma doença zoonótica transmitida aos seres humanos
Por isso, Cláudio Simão apelou às administrações municipais no sentido de elaborarem programas de vacinação abrangentes nas zonas rurais.
Fez saber que a província dispõe de doses de vacinas anti-rábica suficientes para fazer a cobertura a nível dos seis municípios, pelo que apelou à população a levar os seus animais à vacinação para evitarem casos de raiva.
Em termos de mordeduras, informou que o órgão tem trabalhado com os serviços de saúde pública, apontando o registo de 105 casos, sendo que nenhum deles resultou em óbito.
Quanto a recolha de animais vadios, disse que a província dispõe de um canil gatil, que nunca chegou a funcionar, devido a vandalização do imóvel.
Desta feita, sublinhou que estão a trabalhar com o governo da província e o ministério de tutela, para reabilitar a infra-estrutura.
A raiva é uma doença infecciosa, aguda e mortal transmitida através de mordedura de cães, gatos e macacos contaminados pelo vírus.FI/LHE/ART