Ondjiva - Trinta e uma mil, 28 crianças, dos seis meses aos 10 anos de idade, foram rastreadas contra desnutrição, no período de Julho a Dezembro de 2022,nos municípios do Curoca, Cahama e Ombadja, província do Cunene.
A acção em curso, no âmbito do Projecto de Resposta a Emergência no Sudoeste de Angola, prevê abranger 45 mil crianças até finais de Maio do corrente ano.
A informação foi prestada, esta segunda-feira, pelo coordenador do programa de nutrição, Armindo Sambambi, realçando que 17,3 por cento das crianças rastreadas apresentaram diagnóstico da doença.
Em declaração à ANGOP, o responsável considerou a taxa de desnutrição “bastante alta”, cujos indicadores apontam para emergência nutricional.
De acordo com o responsável o objectivo do projecto e a identificação das crianças nas comunidades e enviar às unidades sanitárias em caso de desnutrição aguda.
Disse que o processo está ser desenvolvido por 75 agentes comunitários, capazes de fazer a identificação precoce das crianças desnutridas e encaminhar a uma unidade de saúde e deste modo ajudar a salvar vidas.
Esclareceu que a gestão de pacientes com desnutrição moderada é realizada de forma ambulatória, onde os agentes comunitários têm apenas a responsabilidade de referenciar as crianças para tratamento.
Armindo Sambambi referiu que durante o período em causa o projecto distribuiu em diferentes unidades sanitárias 900 caixas "plumpy’nut", uma pasta à base de amendoim em uma embalagem plástica para o tratamento de desnutrição aguda grave.
Argumentou que o abastecimento do referido produto visa apoiar as intervenções de resposta nutricional às unidades sanitárias, uma vez que, o manejo deste suplemento é de responsabilidade dos técnicos de saúde.
Apontou como causa da desnutrição a insuficiência alimentar, derivado da seca cíclica que a região enfrentou nos últimos anos, causando um impacto negativo em termos de segurança alimentar nas famílias.
A par da desnutrição, disse que o projecto engloba igualmente as componentes de água e saneamento e protecção à criança.
Relativamente a água e saneamento prevê-se a reabilitação, no presente ano, de oito pontos ou sistemas de água, instalados juntos dos centros de alimentação suplementar.
Já na componente de protecção à criança, realçou que foram criadas redes de protecção da criança nos municípios e nas respectivas comunas em colaboração com o Instituto Nacional da Criança (INAC). FI/LHE/VIC