Luanda - Trinta e cinco mil pacientes com diversas doenças foram atendidos durante a quadra festiva, em Luanda, no âmbito do plano de contingência, informou hoje (domingo), a Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
A informação foi avançada durante um ciclo de visitas efectuada hoje aos hospitais de referência da província de Luanda, nomeadamente Américo Boavida, Josina Machel, Lucrécia Paim, do Prenda, Pediátrico David Bernardino e o Materno Infantil Azancot de Menezes.
Segundo a ministra, este registo está a ser trabalhado em todas as províncias do país, daí que nos próximos dias será feito o balanço geral, apesar de a situação não diferir do que aconteceu na cidade de Luanda.
A titular da pasta de Saúde, que esteve nos bancos de urgências das principais unidades sanitárias, com o objectivo de saber quais as ocorrências registadas durante a passagem de ano, manifestou-se preocupada com o que constatou.
A governante, que lamentou o facto, fez saber que foram registados nessas unidades vários casos de traumatismos de vária ordem.
Entre os casos de traumatismo destacou os resultantes de agressão física, utilização de facas e garrafas, acidentes de viação, tendo adiantado que as referidas ocorrências mereceram “critérios cirúrgicos”.
Informou que o consumo excessivo de álcool esteve na base de grande parte do número de casos de agressões e de acidentes de viação.
Durante a passagem do ano, os hospitais registaram, igualmente, doenças ligadas a crises hipertensivas, quadros diarreicos , diabetes descompensadas, complicações respiratórias e malária, em adultos e crianças.
De acordo com Sílvia Lutucuta, na maternidade Lucrecia Paim foram feitos durante a madrugada de domingo (1) 75 partos.
"Dentro de tanta pressão nesta unidade, o que nos satisfaz é que os profissionais estão a prestar melhores serviços. Os bebés recém-nascidos com baixo peso têm estado a sobreviver. Eles são de alto risco", frisou.
Salientou que devido a Covid-19, população teve duas quadras festivas atípicas e nesta as pessoas soltaram-se de forma exagerada.
Adiantou que para este ano, o Ministério da Saúde (MINSA) está comprometido em continuar a reforçar os cuidados primários de saúde e a formação de quadros.
"Será feito investimento a todos os níveis, desde os recursos humanos e infra-estruturas, formação de quadros a curta, média e longa duração, bem como na melhoria da logística de medicamentos ", garantiu.