Luau - As autoridades de Saúde no município fronteiriço do Luau (Moxico, Angola) instalaram um posto de controlo sanitário na fronteira com o Dilolo, província de Lualaba, República Democrática do Congo (RDC), para rastrear eventuais casos da varíola dos macacos.
O Dilolo é uma cidade na província de Lualaba, no sul da República Democrática do Congo (RDC), que se encontra a 12 quilômetros do município do Luau, na província do Moxico (Angola).
Ao falar à Imprensa, o director municipal da Saúde no Luau, Simão Fransciso Suku, disse que foi criado um posto sanitário na fronteira com técnicos competentes para fazerem cumprir as medidas de biossegurança, antes dos cidadãos entrarem no território angolano.
Explicou que na fronteira e nas comunidades do Luau, são transmitidas mensagens de prevenção para todos que entram e que saem, para além do rastreio da varíola dos macacos.
Informou que os casos registados na RDC estão a 500 quilómetros do Dilolo, na província de Lualaba, apelando para uso de máscara, lavagem das mãos com água e sabão, álcool em gel e outras medidas de higiene, essenciais nesta altura.
Por seu turno, a administradora municipal do Luau, Ester Vumbi Celestino, informou que realizou-se uma reunião entre as autoridades sanitárias do Luau e do Dilolo, na qual foi apresentado o ciclo epidemiológico do Dilolo, considerado "menos preocupante".
Moxico partilha uma fronteira de 330 quilómetros com a República Democrática do Congo e 747 com a Zâmbia, através das localidades do Luau, Caianda, Jimbi, Luhuza, Caripande Mussuma, Mitete e Malundi. Cidadãos destes países utilizam estas localidades para emigração ilegal.
A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave.
Mais de 22.800 casos e pelo menos 622 mortes por Varíola dos Macacos foram registrados desde Janeiro em 13 países africanos, confirmou, esta terça-feira, a União Africana.
Esta é a segunda vez, em dois anos, que a doença infecciosa é considerada uma potencial ameaça para a saúde internacional, tendo o primeiro alerta sido levantado em Maio, depois de a propagação ter sido contida e a situação ter sido considerada sob controlo. LTY/YD