Zango - A província de Luanda prevê desparasitar com Albendazol 126 mil crianças, dos 05 aos 14 anos de idade, , nas escolas do ensino primário e do Iº ciclo público, de 28/10 até 01 de Novembro do ano em curso.
A informação foi avançada, nesta segunda-feira, pelo director provincial da Saúde, Manuel Varela, durante a abertura da “Campanha de desparasitação nas escolas” que decorreu na Escola 5142 da Vida Pacifica, tendo informado que esta iniciativa vai abranger 426 escolas da capital.
Segundo o responsável, as Doenças Tropicais Neglegenciadas (DTN) têm afectado crianças e adultos, sobretudo, em países em vias de desenvolvimento e desta forma merecem uma atenção redobrada por parte dos governos centrais.
Indicou que não encontraram resistência por parte dos encarregados de educação, em função do trabalho de sensibilização com as comissões de moradores, daí a estimativa deste número de menores e a respectiva logística já acautelada para dar resposta na cidade capital.
Por sua vez, a coordenadora nacional do Programa de Doenças Tropicais Neglegenciadas, Cecília de Almeida, afirmou que o processo de desparasitação vai ser feito com a administração de Albendazol e Praziquantel para prevenção da doença de Schistomomiase também conhecida por Bilharziose.
Sublinhou que os sintomas desta patologia consistem em urinar sangue, fezes com sangramento e barriga com um formato grande, tendo por isso apelado as famílias a fazerem o uso correcto das latrinas.
Por sua vez, o representante da OMS, Nzunzi Katondi, frisou que as DTN afectam mais de mil milhões de pessoas a nível mundial, deixando a população pobre, vulnerável, debilitada e perpectuando um ciclo de maus resultados indicacionais.
Fez saber que estas doenças afectam principalmente pessoas que vivem na linha da pobreza com acesso inadequado a água, saneamento básico e cuidados básicos de saúde.
Na sua intervenção, a directora provincial em exercício da Educação, Maria Canoquela, realçou que estão engajados com os parceiros como o Ministério da Saúde, Banco Mundial, OMS, UNICEF, Administrações Municipais na planificação perfeita de combate a endemicidade nos espaços escolares e arredores.
Por seu turno, as crianças consideram a saúde como um bem estar mais precioso e solicitam aos adultos a estar sempre atentos as prevenções e cuidados necessários. NGS/DP/SEC