Luanda - A presidente da Liga Angolana Contra o Cancro, Luzimira João, lamentou, esta sexta-feira, a fraca aderência dos homens ao exame do toque rectal por considerarem invasivo.
Segundo a responsável, que falava na abertura das jornadas do Novembro Azul, é de lamentar que os homens dificilmente corroboram com as acções de combate e prevenção do cancro da próstata no mês de Novembro, facto que se nota pela fraca aderência destes nas actividades.
Já o director do Instituto Angolano de Luta contra o Cancro, Fernando Miguel, informou que durante o ano passado apenas 35 casos de cancro da próstata foram diagnosticados na instituição, não porque não existem, mas porque os homens se negam a fazer o toque rectal.
O primeiro semestre deste ano foram diagnosticados 15 casos, apelando aos homens que adiram ao toque rectal que é doloroso, mas que salva vida, através do diagnóstico precoce.
Referiu que é importante que uma vez por ano os homens a partir dos 40 anos de idade, se mobilizem e façam o exame para o despiste do cancro da próstata.
Durante o Novembro azul várias actividades serão realizadas, nomeadamente palestras, rastreios, mesas redonda e uma passeata para mobilizar e sensibilizar as pessoas a se movimentar para o despiste de todo o tipo de cancro.
O cancro da próstata é uma doença que afecta os homens e surge associado ou não ao crescimento benigno e manifesta-se quase sempre depois dos 50 anos.
A maioria dos tumores têm um crescimento lento e indolor, levando cerca de 15 anos para se manifestar.