Luena - Uma mulher de 20 anos, conhecida por Mariza Tchilombo, que padecia de mastite (inflamação dos seios), perdeu as mamas, em consequência de um tratamento mal sucedido por um curandeiro, constatou a ANGOP, esta quarta-feira, no Moxico.
Conforme explicou a vítima, que se encontra hospitalizada na Maternidade Provincial do Moxico, um mês depois de ter dado à luz a um bebé, começou a sentir dores intensas nas mamas, tendo a família optado por levá-la a um curandeiro para beneficiar de tratamento e rituais tradicionais.
Uma semana depois, disse, as dores agravaram-se, as mamas ficaram em estado de putrefação, tendo sido transportada para a Maternidade Provincial com feridas alastradas.
Na unidade hospitalar, após ser diagnosticada com mastite (inflamação da mama) mal tratada, foi-lhe removida as duas mamas, devido ao agravamento e alargamento das infecções.
Abatida, com a situação, afirmou que temia pela morte.
“Agora recebi mais uma chance para viver, uma vez que ainda não tinha desfrutado do nascimento da minha filha”, contou em lágrimas.
Por seu turno, o director clínico desta unidade hospitalar, Assunção Marcos Wica, disse que a paciente deu entrada na unidade em estado crítico, tendo sido submetida a cirurgia de mastectomia radical das duas mamas.
O médico mostrou-se preocupado com casos idênticos que têm dado entrada naquele hospital, sendo que muitas mulheres optam por tratamentos caseiros, relegando o hospitalar para segundo plano.
“Em cada semestre recebemos um ou dois casos, infelizmente”, disse.
O médico desaconselhou estas práticas apelando às mulheres a recorrerem a tratamentos convencionais.
De acordo com eestatística, as mulheres representam 52 por cento da população do Moxico, com cerca de 522 mil 54 pessoas do sexo feminino, num universo de um milhão e 24 mil 573 habitantes da província. ISAU/TC/YD