Benguela – Com a previsão de reunir 350 diferentes actores sociais em apenas um dia, as 1ªs Jornadas Nacionais de Medicina Ocupacional acontecem nesta quinta-feira, em Benguela, apurou a ANGOP.
Promovido pela Centralab - Clínica Dr. Hugo Azancote de Menezes, sediada em Luanda, o evento junta, no Centro Sócio-Pastoral Dom Amaral dos Santos, na cidade de Benguela, profissionais da área, gestores públicos e entidades governamentais.
Os participantes, em representação das províncias de Benguela, Bié, Luanda, Huíla e do Huambo, irão propor e discutir directrizes e recomendações para implementação de políticas públicas no segmento da medicina ocupacional.
Sob o lema “Olhar de forma global o trabalhador como elemento central de uma unidade económica e produtiva”, o encontro terá dez oradores, que irão partilhar o seu conhecimento e experiência, ajudando a moldar um futuro mais seguro e saudável para os trabalhadores em Angola.
De entre os prelectores destaque para Aida de Menezes, CEO da Centralab e especialista em medicina do trabalho, Rui Capo - médico do trabalho na Clínica Multiperfil, formador e pesquisador em saúde ocupacional, Mário Tavira - inspector do trabalho, e João Puaty - presidente do Colégio de Especialidade de Medicina do Trabalho.
Assim, três mesas redondas vão centralizar as atenções durante estas jornadas, nomeadamente “Declaração de Doenças Profissionais na óptica dos Médicos do Trabalho”, “Testemunho real – Doenças Profissionais existentes em Angola” e “Idoneidade e Credibilidade no Exercício da Saúde Ocupacional”.
Dominam ainda a agenda a apresentação do novo Decreto Presidencial 179/24 sobre Saúde, Segurança e Higiene no Trabalho, além da abordagem sobre o “Código de ética internacional de Medicina de Trabalho e Convenção 161 da OIT” e “Doenças Profissionais – Como se declaram?”.
Em declarações à ANGOP, a CEO da Centralab e especialista em medicina do trabalho, Aida de Menezes, confirma igualmente a participação das grandes empresas locais, nomeadamente o Porto do Lobito, a Omatapalo e o Grupo Carrinho.
Também garante a mobilização da academia em torno das jornadas, através da reitoria da Universidade Katiavala Bwila e de outras instituições do ensino superior privadas que operam na província de Benguela.
Aida de Menezes ainda fez saber que estão inscritos no Colégio de Especialidade de Medicina do Trabalho setenta médicos especialistas, maioritariamente em Luanda.
Por essa razão, reconhece que a medicina ocupacional já é muito mais valorizada por parte do Executivo e a evidência é o Decreto Presidencial 179/24 de 1 Agosto, sobre Saúde, Segurança e Higiene no Trabalho.
No fundo, disse, a expectativa é de que este Decreto Presidencial seja o respaldo, a fim de que a medicina ocupacional seja obrigatória em Angola.
“Porque imaginem quando recebemos um trabalhador doente diabético, tem de ser visto por um especialista”, explicou, afiançando estar sobremodo orgulhosa pela atenção que o Executivo tem prestado à medicina ocupacional no país.
Sobre a Centralab
Com foco na medicina do trabalho, a Centralab, Lda, Clínica Dr. Hugo Azancote de Menezes, nasceu em Luanda, em 2015, tendo expandido a sua actividade para Benguela em Abril de 2024. JH/CRB