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Jornadas Científicas discutem impacto da dor crónica

     Saúde              
  • Huambo • Sexta, 31 Maio de 2024 | 18h53
Participantes da XII Jornadas Científicas, Estudantes da Faculdade de Medicina do Huambo
Participantes da XII Jornadas Científicas, Estudantes da Faculdade de Medicina do Huambo
Zeferino Zinga-ANGOP

Huambo – O debate especializado do “Impacto da dor crónica na qualidade de vida do indivíduo” marcou, esta sexta-feira, o encerramento das XII Jornadas Científicas-Estudantis da Faculdade de Medicina da Universidade José Eduardo dos Santos (UJES) no Huambo.

O evento, aberto na última quinta-feira, sob o lema “O trabalho multi e interdisciplinar como fundamento para a melhoria da saúde em Angola", contou com a participação de médicos especialistas, enfermeiros e analistas clínicos, para além de estudantes e profissionais de diversas unidades sanitárias locais.

Em declarações à ANGOP, o médico Vitelvino Manuel, enquanto facilitador do tema “Impacto da dor crónica na qualidade de vida do indivíduo”, disse tratar-se de uma doença perigosa, que gera uma sensação emocional desagradável, que afecta, de forma negativa, a vida de um doente, de três a seis meses ou mais.

Referiu que a dor crónica precisa ser sempre feita numa abordagem multidisciplinar, por ter repercussões físicas, espirituais, biológicas, psicológicas e sociais no quotidiano dos doentes, gerando, muitas vezes, o absentismo laboral e a falta de enquadramento na família.

O especialista em Anestesiologia e Reanimação explicou que a dor crónica é consequência de situações provocadas por estímulos na pele, músculos, articulações, vasos sanguíneos, sistema nervoso central ou periférico, câncer, entre outras, a depender se for nociva ou neuropática.

Disse que a mesma tem um tratamento difícil e complexo, que necessita de equipas multidisciplinares como fisioterapeutas, psicólogos clínicos, neurocirurgião, anestesiologista, reumatologista, ortopedista, entre outros.

Por seu turno, o presidente da Associação dos Estudantes da Faculdade de Medicina do Huambo, Abel Tchissingui, disse que os trabalhos científicos apresentados serão aproveitados pela biblioteca da instituição, para a sequência das pesquisas, incluindo da sociedade, em geral.

Durante o evento, os 300 participantes, discutiram, também, “Os desafios e a estratégia na gestão de equipas de saúde”, “As equipas inter e multidisciplinares na perspectiva do analista clínico, do médico e da enfermagem”.

A Faculdade de Medicina do Huambo, localizada no bairro Cambiote, periferia da cidade do Huambo, matriculou no presente ano académico (2023-2024) 416 estudantes. ZZN/JSV/ALH

 

 





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