Ondjiva - Dois mil e 751 casos de gravidez precoce foram registados em 2023, na província do Cunene, mais 520 que o período anterior, disse esta sexta-feira, a supervisora local do Programa de Saúde Sexual e Reprodutiva, Benvinda Tutaleni.
Em declarações à ANGOP, a responsável falou do aumento de casos de gravidez de adolescentes de 12 a 17 anos de idade.
Considerou preocupante a gravidez na adolescência, tendo em conta o seu impacto nas famílias e na sociedade.
“Os pais devem reforçar a educação e sensibilização, porque muitos casos de gravidez na adolescência acontecem por factores culturais, instruções inadequadas, consumo exagerado de álcool e conflitos no meio em que vivem”.
Para si, a gravidez precoce tem consequências físicas, psicológicas e sociais negativas, entre as quais o atraso na formação académica.
Benvinda Tutaleni exortou igualmente os professores e entidades religiosas, no sentido de promoverem encontros de esclarecimento na comunidade sobre os riscos da gravidez na adolescência.
O gabinete provincial da Saúde e a Organização World Vision criaram grupos de jovens nas comunidades, que promovem palestras nas escolas e igrejas sobre a higiene menstrual e a importância das consultas pré-natais.
Em 2023, um projecto de colocação de caixas de denúncias de casos de violência e abusos contra as crianças, foi lançado na província do Cunene, pelo Instituto Nacional da Criança (INAC), para ajudar a prevenir casos do género. PEM/LHE/OHA