Lubango – Duzentas e 59 pessoas morreram no primeiro trimestre do ano em curso vítimas de malária, na província da Huíla, num total de 170 mil 651 casos registados, registando uma diminuição de 211 óbitos ao igual período de 2022.
Apesar da queda em mortes, a província registou um aumento de casos de 34 por cento, correspondendo a mais 43 mil 261 diagnósticos, ao passo que os óbitos reduziram a 45 por cento, segundo o porta-voz do Gabinete provincial da Saúde na Huíla, Júlio Madaleno.
O responsável que fazia o balanço dos casos da doença, hoje, segunda-feira, no Lubango, afirmou que a faixa etária com mais óbitos é de crianças menores de cinco anos, com 119, seguida da de cinco a 14 anos (61) e maiores de 14, com 79 casos.
Mesmo sem numerar por municipalidade, a fonte disse que Quilengues, Caconda, Matala e o Lubango são os municípios que mais preocupam em termos de casos e mortes pela doença.
Referiu que a taxa de incidência da doença é de cinco mil 198,1 casos por cada cem mil habitantes e a de letalidade está fixada em 0,15 por cento, cujo lema de combate da patologia consubstancia-se no alcance “zero” da malária com inovação, investimento e implementação de programas.
Júlio Madaleno afirmou que a província tem reforçado as medidas de prevenção contra à malária, razão pela qual a aquisição de alguns aparelhos de fumigação intra e extra domiciliar a nível do gabinete para serem distribuídos a nível dos municípios.
“Estamos agora a tentar adquirir biolarvicidas, mas a luta contra a doença envolve todos, desde a administração municipal, organizações da sociedade civil, entre outros actores, no sentido de reduzir cada vez mais os casos, optando pela prevenção", sublinhou.
Reforçou a necessidade de união de esforços no combate a malária, uma tarefa fundamental da comunidade, que deve engajar-se na remoção dos resíduos sólidos a volta das casas para evitar mosquitos, mantendo a higiene, o uso do mosquiteiro e de redes milimétricas para evitar a entrada do insecto.
Avançou que continuam a apostar na prevenção, com o reforço das palestras nas igrejas, nos mercados e a vacinação de rotina a nível das aldeias nos municípios da província. EM/MS