Huambo – As autoridades sanitárias da província do Huambo confirmaram, esta quarta-feira, o primeiro caso positivo de cólera importado de Luanda, por uma cidadã nacional de 34 anos de idade, internada no centro de tratamento do Hospital Geral.
A informação foi prestada à ANGOP, pelo chefe do departamento local de Saúde Pública, Valentim Satolo, salientando que a cidadã, residente no bairro Capango, arredores da cidade do Huambo, regressou de Luanda a 19 do corrente mês, quando começou apresentar sintomas da doença.
O responsável disse que a doente apresentou um quadro caracterizado de casos suspeito de cólera, que motivou os familiares a levarem-na no Centro Materno Infantil da Mineira, que, posteriormente, a transferiu para o Hospital Geral do Huambo, onde foi determinada com caso positivo de cólera.
Valentim Satolo informou que a mesma apresenta, nesta altura, uma evolução muito positiva, enquanto os seus 12 pessoas contactos directos se encontram acompanhamento das autoridades sanitárias.
Apelou à população adoptar medidas de prevenção como a lavagem frequente das mãos com água e sabão, manter a higiene pessoal, tratar a água para beber, não defecar ao ar livre e combater vectores como moscas e baratas, pelo facto de se tratar de doença perigosa e muito contagiosa, que se espalha com muita rapidez.
A par disso, reafirmou a continuação das actividades de sensibilização e prevenção da população nas igrejas, mercados, escolas, entre outras zonas públicas e privadas, para que, caso surja a doença, não crie colapsos ao sistema de saúde da província.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, Angola registou, actualmente, 671 casos da cólera e reporta uma ocorrência de 32 óbitos, registados nas províncias do Bengo, Icolo e Bengo, Luanda e agora no Huambo, com uma taxa de letalidade de 4,8.
Na província do Huambo, os últimos casos da cólera ocorreram entre 2013 e 2014, com o registo de 134 casos, nove óbitos e uma taxa de letalidade fixada na ordem de sete por cento, que atingiram os bairros Benfica, Macolocolo, São Pedro, Rua do Comércio e o Canhe, na periferia da cidade do Huambo. JSV/ALH