Huambo - Vinte e um bebés, cujas mães são seropositivas, nasceram livres do vírus do HIV/SIDA, nos últimos seis meses, em diferentes unidades sanitárias da província do Huambo, mais 14 em relação ao igual período de 2022.
A informação foi prestada, esta quarta-feira, à ANGOP, pelo supervisor do Programa de Luta contra a SIDA na província do Huambo, Euclides Chipalavela, ao referir que as crianças nasceram livres desta doença, como resultado do programa de Corte de Prevenção Vertical, um procedimento que impede a transmissão deste vírus da mãe para o filho.
O responsável fez saber que o programa, inserido na campanha “Nascer Livre para Brilhar”, em curso nos hospitais e centros materno-infantis da província, presta assistência médica/medicamentosa regular, desde os primeiros meses de gestação até aos 18 meses de vida do bebé, para certificar o estado serológico do recém-nascido.
Acrescentou que os 21 bebés resultaram de 96 gestantes em acompanhamento, de forma regular e voluntária, das 214 seropositivas diagnosticadas, de Janeiro último à presente data, durante as consultas pré-natais.
Euclides Chipalavela lamentou a desistência de muitas grávidas ao tratamento do corte de transmissão vertical, pois tal situação tem condicionado o desenvolvimento sadio do feto que, caso nasça, tem a probabilidade de perder a vida antes dos dois anos.
“O número de gestantes que aderem às consultas pré-natais tem sido satisfatório por exemplo, este ano, de Janeiro até ao momento, as unidades sanitárias locais assistiram 24 mil 944 mulheres, contra 10 mil 611 do igual período de 2022, porém a grande preocupação consiste na continuidade de muitas delas, tão logo sejam diagnosticadas com o vírus da Sida”, salientou.
Assegurou que a província do Huambo dispõe de meios de diagnósticos e tratamento, nos hospitais e centros dos 11 municípios que compõem esta região do Planalto Central do país.
Para o diagnóstico precoce do estado serológico dos bebés, bem como para detectar a carga viral de um adulto, Euclides Chipalavela disse contarem com o apoio dos laboratórios centrais, em Luanda, capital do país.
O responsável valorizou as acções da campanha “Nascer livre para brilhar”, lançada em 2018, numa iniciativa da Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, que apesar de o período oficial de três anos, ter já terminado, continua a merecer atenção dos financiadores, sendo que no Huambo, em particular, teve um grande impacto na vida das comunidades.
As autoridades sanitárias da província do Huambo, com uma população estimada em dois milhões 700 mil habitantes, distribuídos em 11 municípios, têm o controlo de 15 mil seropositivos. MLV/ALH