Huambo – As autoridades sanitárias da província do Huambo reforçaram, em todos os municípios, as medidas de prevenção e combate aos eventuais casos de cólera, informou, esta quinta-feira, o chefe do departamento local de Saúde Pública, Valentim Catolo.
Em declarações à ANGOP, o responsável disse que foi criado uma comissão multi-sectorial, integrada por membros do Governo da província, quadros das administrações municipais, das delegações das Finanças e do Interior, para além representantes das Forças Armadas Angolanas e de organizações não-governamentais.
Até ao momento, informou, a província do Huambo não registou nenhum caso suspeito de cólera, numa altura em que a capital do país, Luanda, soma 58 contaminações.
Valentim Catolo explicou as medidas consistem na disseminação de informações sobre os métodos básicos de prevenção, sintomas e tratamento.
Acrescentou que todos os profissionais de saúde estão em “alerta máxima”, com o controlo e testagem de qualquer caso de diarreia, para além de evitarem falsos alarmes, que venham a pôr a população em pânico.
O responsável fez saber que a cólera é uma doença infecciosa causada por uma bactéria conhecida de “vibrio Cholerae” que , normalmente, ataca os intestinos e com uma capacidade de programação rápida, através da água e alimentos.
Informou que os sintomas da doença podem acontecer no prazo de dois a cinco dias, depois de consumir água ou alimentos contaminados com a bactéria, causando diarréias intensas, cansaço, náuseas e vômitos constantes.
Na província do Huambo, os últimos casos de cólera ocorreram, entre 2013 e 2014, com 134 doentes, dos quais nove morreram, com um taxa de letalidade fixada em 7 por cento.
Na altura, foram afectados os bairros de Benfica, Camolocolo, São Pedro, Rua do Comércio e Canhe, nos arredores da cidade do Huambo.
Situação da malária
Noutra vertente, Valentim Catolo disse que o sector registou, em 2024, a morte de 612 pessoas vítimas de malária, menos 126 em comparativamente ao ano transacto.
O responsável referiu que a taxa de letalidade desta doença atingiu, em 2024, 0,7 por cento, com maior incidência para os municípios do Ecunha, Londuimbali, Longonjo e Ucuma.
Neste período, foram registados 856 mil 440 casos de malária, contra 772 mil 150 diagnosticados em 2023. LT/JSV/ALH