Huambo - Duzentos e 30 mil novos casos de malária foram diagnosticados, nos últimos seis meses, pelas autoridades sanitárias da província do Huambo, mais 30 por cento em comparação ao igual período de 2021, soube a ANGOP.
Ao confirmar o facto, esta sexta-feira, o supervisor da Luta contra a Malária nesta região, Clementino Sacanombo, disse que ao longo deste período foram registados uma média de 100 óbitos/mês.
Segundo o responsável, à margem do enceramento da formação sobre “Melhoramento de diagnóstico clínico e laboratorial de malária”, os municípios do Huambo, Caála, Bailundo e Londuimbali foram os que maiores casos de morbi-mortalibidade registaram, dente os 11 que compõem esta região do Planalto Central.
Face a esta situação, Clementino Sacanombo anunciou, para breve, a retoma da distribuição de redes mosquiteiras em todos os municípios da província, cinco anos depois, na perspectiva de intensificar as acções de combate à malária.
O responsável lamentou a fraca participação das comunidades nas actividades de combate à malária, com destaque para o défice do saneamento básico doméstico e a chegada tardia nas unidades sanitárias, como sendo as principais causas do aumento da doença e, consequentemente, de óbitos, principalmente de crianças e gestantes.
Lembrou que todos os hospitais e centros de saúde da província dispõem de meios técnicos e humanos para contrapor os casos positivos de malária e outros suspeitos.
Clementino Sacanombo destacou o engajamento das autoridades no apetrecho das infra-estruturas sanitárias, principalmente em termos de meios de diagnóstico e tratamento da doença.
Sobre a formação em matérias de melhoramento de diagnóstico clínico e laboratorial de malária, decorrida em quatro dias, o responsável disse que serviu para familiarizar as estratégias e conteúdos do pacote integrado da assistência e as medidas preventivas em todas as unidades sanitárias da província.
Contudo, apelou à disseminação e implementação eficaz dos conhecimentos aprendidos durante a formação, dirigida a profissionais médicos, técnicos de laboratórios e enfermeiros.
Com uma população estimada em mais de dois milhões 600 mil habitantes, a província do Huambo, conta, actualmente, com 261 unidades sanitárias, sendo três hospitais provinciais, 12 municipais, 55 centros de saúde, 177 postos de saúde e 13 centros materno-infantis.