Luanda - A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, disse, esta segunda-feira, no Sumbe, que Hospital Geral do Cuanza-Sul “vai dar resposta oportuna e eficiente à enorme demanda de doentes politraumatizados, devido a grande frequência de acidentes rodoviários observados na Estrada Nacional “EN 100”.
Ao intervir no acto de inauguração da aludida unidade hospitalar, denominada “Comandante Raul Diaz Arguelles”, a governante realçou que a instituição começa a funcionar com mil 144 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, do regime geral e outros.
De acordo com a ministra, no âmbito do processo de especialização dos recursos humanos, para garantia de um atendimento de alta qualidade, entra em funcionamento o internato médico e, em breve, o de enfermagem, bem como o treinamento permanente e a formação continua dos profissionais.
Referiu que a saúde é um tema central da política do Executivo e o direito a ela é uma conquista constitucionalmente consagrada.
Neste sentido, ressalta ser ambição do Governo que o direito à saúde perdure, garantindo a todos equidade de acesso a cuidados de saúde de qualidade e humanizados.
Apelou à utilização adequada dos recursos agora colocados a disposição desta Província, o que constitui um imperativo ético e patriótico, tanto para os profissionais de saúde quanto para os seus utentes.
O novo hospital, de nível III, tem capacidade para 200 camas e prevê prestar serviços de pediatria, ginecologia obstetrícia, otorrinolaringologia, oftalmologia, cirurgias, ortopedia, cardiologia, cuidados intensivos, imagiologia e hemodiálise.
Trata-se de uma unidade que vem reforçar a humanização dos serviços de saúde, com a componente de hospital/escola, pois vai promover a especialização médica.
A empreitada da unidade sanitária, consignada a uma empresa Suíça especializada em soluções de saúde (PROMED INTERNATIONAL AG-MITOLLI GROUP), ocupa uma área de 4.5 hectares de um global de seis hectares, num investimento de 63 milhões e 180 mil euros.
Comandante Raúl Argüelles
Raúl Díaz Argüelles (1936-1975) foi um comandante cubano que desempenhou um papel importante durante as missões militares internacionais de Cuba, especialmente nas operações na África.
Foi um dos principais comandantes cubanos na luta contra grupos rivais durante a guerra civil angolana que se seguiu à independência do país em 1975.
Díaz Argüelles foi descrito como um líder militar dedicado e corajoso, tendo desempenhado um papel essencial na organização e liderança das tropas cubanas enviadas para apoiar o Governo angolano.
Morreu em combate no muncípio do Ebo, na província do Cuanza-Sul, em Dezembro de 1975, durante uma emboscada. A sua morte foi considerada uma grande perda para o Exército cubano e para o esforço militar cubano em África.
Comandante Argüelles é lembrado em Cuba como um herói revolucionário e sua actuação foi fundamental para as relações de Cuba com países africanos nas décadas de 1960 e 1970, no contexto da Guerra Fria e do apoio cubano a movimentos * libertação nacional. CPM/SEC