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Hospital Geral de Benguela realiza campanha de cirurgias do pé torto congênito

     Saúde              
  • Benguela • Sábado, 18 Janeiro de 2025 | 15h22
Porta-voz do Hospital Geral de Benguela, Ivanov Emiliano
Porta-voz do Hospital Geral de Benguela, Ivanov Emiliano
Carlos Benedito-ANGOP

Benguela - Uma campanha de cirurgias do pé torto congênito será realizada, de 31 de Janeiro a dois de Fevereiro, no Hospital Geral de Benguela, com vista a devolver o bem-estar aos cidadãos que enfrentam essa condição, soube a ANGOP, este sábado.

Segundo o porta-voz do Hospital Geral de Benguela, Ivanov Emiliano, que falava à Rádio Benguela, a campanha é dirigida a crianças que nasceram com a referida deficiência, residentes em Benguela e não só.

O responsável informa os cidadãos em geral que, a propósito, os interessados devem dirigir-se a partir de segunda-feira (20) ao banco externo do HGB, onde estará uma equipa que vai receber esses pacientes para efectuarem o devido rastreio.

"É necessário sabermos o estado de saúde do paciente, se padece de outra enfermidade ou condição médica, para que tenha o devido acompanhamento até à cirurgia", disse.

A Campanha de Cirurgias do Pé Boto ou Pé Torto Congênito enquadra-se no plano anual (2025) das actividades do HGB, visando levar a prestação de serviços de saúde às populações.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, em cada mil nascidos vivos há uma criança que nasce com a deformidade PTC - Pé Torto Congênito. 

Nos últimos tempos, o Hospital Geral de Benguela tem se destacado num atendimento diferenciado aos cidadãos, através da realização de novos procedimentos cirúrgicos e não só.

Em 2024, a unidade sanitária efectuou três cirurgias de alta complexidade, dando resposta à cada vez mais crescente lista de espera dos pacientes oriundos da província e de várias partes do país.


A primeira cirurgia foi de implantação de prótese de silicone em Angola a um paciente de 24 anos que nasceu sem nariz, devido a uma condição rara chamada arrinia, mas que já recuperou a função respiratória por via nasal.

A intervenção cirúrgica, que envolveu 36 médicos, entre angolanos e cubanos, foi histórica por ter sido também a primeira do género no país, sendo que no mundo foram registados pouco menos de 50 casos de arrinia até hoje. 

O segundo procedimento está relacionado com a primeira cirurgia de prótese parcial da anca, numa paciente de 42 anos, que padecia de uma fratura subcapital do fêmur, com mais de três meses de evolução, e que, de acordo com fontes médicas, já recuperou a sua mobilidade.

A terceira, também inédita, foi uma cirurgia do Plexo Braquial no Hospital Geral de Benguela (HGB), para a recuperação dos movimentos de um dos membros superiores num paciente, de 26 anos, oriundo de Luanda, e que agora o paciente poderá recuperar o movimento do braço direito. CRB

 

 

 





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