Benguela – O futuro Hospital Geral da Catumbela, na província de Benguela, que começa a ser construído nos próximos dias numa área de 15 mil metros quadrados, vai ter capacidade de 250 camas, soube esta terça-feira a ANGOP.
As obras de construção da infra-estrutura sanitária, localizada na comuna do Gama, terão duração de 30 meses e estão orçadas em 50 milhões, 575 mil e 970 euros.
O novo hospital, cuja primeira pedra para sua edificação foi lançada recentemente, vai albergar quatro blocos operatórios, sendo um para cesarianas, 12 posições de hemodiálises, cuidados intensivos para todas idades e diversas especialidades médicas e cirúrgicas.
Estarão ainda disponíveis, serviços de raio-X computarizado, mamografia, morgue, área de tratamento de resíduos hospitalares, ultrassomografia, área de reabilitação física, dentre outros.
O projecto contempla, igualmente, um centro de formação e investigação para médicos e profissionais de saúde das diversas especialidades.
Segundo o director do actual hospital da Catumbela, Gourgel Betencourt, a construção desta nova unidade sanitária vai trazer inúmeras valências, por albergar vários serviços e especialidades que o actual não contempla.
Na mesma senda, considera que a nova unidade hospitalar vai acomodar melhor quer doentes, como os funcionários e, também, pela sua localização, vai permitir desafogar os hospitais de referência da província.
Questionado sobre as principais dificuldades do actual hospital, o responsável referiu que a degradação da própria infra-estrutura, com mais de 70 anos de existência, é um dos principais problemas e porque também já não satisfaz a demanda.
O projecto de construção e apetrechamento do referido hospital está assegurado pela linha de financiamento do banco inglês Standard Chartered, com a cobertura da Agência de Seguros de Créditos à Exportação Francesa (BPI).
Com uma população acima dos 205 mil habitantes, o município da Catumbela tem 23 unidades sanitárias, sendo um hospital municipal e 22 postos de saúde, entre públicos e privados.
Em termos de recursos humanos, conta com 550 funcionários, desde médicos (32), enfermeiros, técnicos de diagnóstico, terapêutas e pessoal administrativo.
As patologias mais frequentes são a malária, febre tifóide, doenças diarreicas e respiratórias agudas, afectando sobretudo crianças.
A construção do Hospital Geral da Catumbela surge no âmbito de um diploma publicado recentemente em Diário da República. Além da província de Benguela, o Governo também autorizou a construção, apetrechamento e fiscalização de hospitais nas províncias de Malanje e da Lunda Norte, sendo que as futuras três unidades hospitalares representam um investimento total previsto de 154 milhões de euros.