Soyo - Mais serviços médicos de especialidade estarão disponíveis, nos próximos dias, no Hospital Municipal do Soyo, província do Zaire, com a entrada em funcionamento de novas alas que beneficiaram de obras de reabilitação e ampliação.
Trata-se de novas secções devidamente apetrechadas que vão acolher dois blocos operatórios, que se vão somar ao único disponível, serviços de ortopedia, esterilização, incluindo o de tomografia axial computarizada (TAC), um exame não invasivo que serve para observar vários órgãos e tecidos do corpo humano.
De acordo com o director-geral desta unidade sanitária, Afonso Maria Sabino, que falava esta quarta-feira à ANGOP, os novos serviços vão reduzir a transferência de pacientes para outros pontos do país.
O gestor lamentou a exiguidade de médicos especialistas para prestarem serviços nas novas áreas que vão surgindo a nível do Hospital Municipal, destacando a falta de médicos cirurgiões.
“Com o regresso de alguns médicos cubanos para o seu país, por conta da pandemia da Covid-19, o nosso hospital ficou desprovido de especialistas em cirurgia”, contou.
Entretanto, Afonso Maria Sabino avançou que decorre um processo, ao nível do ministério de tutela, que poderá culminar com a elevação desta unidade sanitária à categoria de hospital-geral.
Este feito, segundo a fonte, poderá exigir a contratação de mais médicos de especialidade para corresponder com os novos desafios que se colocarão no domínio do atendimento de pacientes e prestação de outros serviços afins.
Informou que estão disponíveis, actualmente, 32 médicos, entre nacionais e expatriados, na sua maioria generalistas, num universo de 325 funcionários do hospital municipal, onde constam, também, enfermeiros, técnicos de diagnóstico terapêutico e pessoal de apoio hospitalar.
Dos especialistas disponíveis, segundo o interlocutor, contam-se dois anestesiologistas, um ortopedista e um gineco obstetra.
A média diária de atendimento ronda os 130 pacientes, segundo ainda a fonte, que apontou os acidentes de viação, envolvendo sobretudo motoqueiros, como os casos mais registados, incluindo a malária e as doenças respiratórias agudas.
Assegurou haver medicamentos essenciais suficientes para tratar as ocorrências que dão entrada naquele centro hospitalar que detém uma capacidade de cerca de 200 camas.
O município do Soyo tem uma população estimada em mais de 300 mil habitantes, distribuídos por cinco comunas: Mangue Grande, Sumba, Quêlo, Pedra de Feitiço e Sede. PMV/JL