Luanda – O Hospital do Prenda conta, desde esta quinta-feira, com um centro de hemodiálise.
O centro, inagurado pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, tem capacidade para tratar cerca de 250 pacientes, em três turnos, sendo concebido para prestar serviço até quatro turnos.
O novo centro de hemodiálise do hospital do Prenda junta-se aos 15 já existentes em sete províncias do país: Luanda, Bié, Moxico, Huíla, Benguela e Cabinda.
O centro dispõe de várias áreas de serviços como consultórios médicos, enfermarias, vestiário, salas de procedimentos, gabinete do director, entre outros.
Esta unidade vai contar ainda com um área de nefrologia de referência para todos os casos complicados de hemodiálise.
Dados disponíveis dão conta que no país três mil doentes renais encontram-se a fazer hemodiálise, sendo que cerca de cinco por cento são crianças vítimas de má formação congênita, cuja esperança de vida está no procedimento de diálise peritoneal ou transplante do rim.
Segundo a ministra, a técnica já é realizada em Benguela, pelo que considerou ser um grande ganho que seja feito em Luanda, onde reside a maior parte da população.
Conforme a titular da pasta, este centro de hemodiálise vai permitir o aumento da capacidade de intervenção do hospital do Prenda, pois além de tratar doentes com doenças já estabelecidas, continuam a apostar na prevenção das complicações ligadas à hipertensão arterial, diabetes, malária e outras patologias infecciosas.
A ministra fez saber que o Centro faz parte de um Programa Nacional de aumento de capacidade para hemodiálise dos doentes com insuficiência renal crônica e aguda
Em relação ao Hospital do Prenda, Sílvia Lutucuta disse ser um dos hospitais que em breve será referência nacional no que toca a Nefrologia de alta complexidade.
"Será prestado um serviço de diálise convencional para doentes agudos crónicos e, pela primeira vez em Luanda, temos um centro com capacidade de fazer diálise peritoneal que é um outro ganho", frisou.
O centro estará destinado para formação e investigação.
"Vamos formar especialistas em nefrologia para classe médica, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e também pessoal de electromedicina, uma área que já temos quadros", esclareceu a ministra.
A diálise peritoneal é uma alternativa ao tratamento de substituição da função renal, com a possibilidade de realização ao domicílio, através de formação e treino dos pacientes que optem por esta modalidade de tratamento.