Luena – O Hospital pediátrico “David Bernardino”, em Luanda, adiou a cirúrgica de separação das gémeas siamesas, ligadas pelo abdômen, nascidas na Maternidade Provincial do Moxico, por serem prematuras.
Em declarações à ANGOP, o director do gabinete provincial da Saúde no Moxico, Tiago Mário, disse que estudos realizados por especialistas daquela unidade sanitária concluíram que as gémeas siamesas estão ligadas pelo intestino.
Em função dessa ligação sensível, disse, a cirurgia “é muito longa, requerendo um seguimento do ponto de vista nutricional”.
“Tendo em conta que são, ainda, muito pequenas, decidiu-se aguardar pelo seu crescimento, para permitir tal procedimento cirúrgico”, esclareceu.
Acrescentou que as gémeas continuam internadas no Hospital pediátrico “David Bernardino”, esperando a alta para regressarem ao Moxico, onde deverão aguardar o momento certo para a cirúrgica.
O gestor reiterou que as gémeas se encontram estáveis, sem qualquer dificuldade respiratória, nem de amamentação.
Lembrar que as gémeas siamesas tinham sido transferidas para o Hospital Pediátrico "David Bernardino", em Dezembro último, para a referida intervenção cirúrgica.
As meninas nasceram ligadas pelo abdómen, pesando três quilos e oitocentas gramas.
Após a solicitação de apoio pela mãe, o governo local, em parceria com o Ministério da Saúde, disponibilizou as condições logísticas para a transportação das menores, com o intuitivo de serem observadas naquele hospital de especialidade.
A mãe das menores, Margarida José, de 33 anos, encontra-se, igualmente, estável.
Dados indicam que o primeiro caso do género ocorrido na Maternidade Provincial do Moxico foi registado em Janeiro de 2017, com o nascimento de gémeos ligados pela cabeça. MT/TC/YD