Caluquembe - O reduzido número de médicos e de técnicos de saúde está a condicionar o atendimento de pacientes no Hospital da Igreja Evangélica Sinodal de Angola (IESA), o maior da região Norte da Huíla, fixado no município de Caluquembe.
A informação foi hoje, terça-feira, dada à ANGOP pela directora-geral da obra médica da IESA, Carla Daniel, referindo que a unidade conta actualmente com dois médicos e 270 técnicos, sendo que desses somente 115 são efectivos, mas o organigrama prevê 20 médicos e 760 técnicos de diversas especialidades.
Segundo a médica, há também a necessidade do reforço de enfermeiros e auxiliares administrativos para dar resposta a média de 100 consultas diárias, já que a unidade assiste, igualmente, pacientes de Benguela, Huambo, Namibe e Cunene, dado reconhecido mérito no tratamento da tuberculose e da malária.
A directora-geral da obra médica da IESA realçou que com o arranque das obras de reabilitação, ampliação e apetrechamento da unidade sanitária, há um mês, é necessário prover o reforço em recursos humanos, já que é o Estado que tem a responsabilidade de acautelar essa vertente.
Uma outra situação que vive o hospital erguido em 1947, com a capacidade para internar 320 doentes, continuou, é a superlotação, pois só a ala de pediatria, com 70 camas, acolhe um terço a mais, colocando duas a três crianças no mesmo leito.
O Hospital Evangélico de Caluquembe começou a ser reabilitado e requalificado, com apetrechamento incluído, sob responsabilidade do Gabinete de Obras Especiais, que vão recuperar a infra-estrutura privada. As obras foram autorizadas pelo Presidente da República, João Lourenço, na sequência de uma audiência que concedeu, recentemente, ao presidente da IESA, Diniz Eurico, que detém a unidade.
A intervenção está a cingir-se na melhoria dos serviços do bloco operatório, vedação, ampliação da área de Raio X e na construção de um novo laboratório de análises clínicas, já que o actual está com mais de 50 anos.
O hospital da IESA é o de maior referência na zona Norte da Huíla e recebe pacientes do Huambo, Benguela, Namibe e Cunene.
O município de Caluquembe dista 193 quilómetros a norte do Lubango e tem uma população estimada em 229 mil 509 habitantes.