Dundo - Devido ao surto de cólera que assola a República Democrática do Congo (RDC) , país com quem Angola partilha uma extensa fronteira, o governo da Lunda-Norte está a preparar o Hospital de Campanha do Dundo, para atender possíveis casos da doença.
Com capacidade para internar 200 pacientes , o hospital foi instalado nas imediações da Centralidade do Mussungue, em 2021, para internar e tratar pacientes com Covid-19.
A unidade adquirida pelo Estado angolano para atender pandemias, conta com 24 naves para internamentos, cuidados intensivos, para logística, administração, laboratório e área de Raio X, entre outros serviços especiais.
A governadora da Lunda-Norte, Deolinda Satula Vilarinho, visitou (terça-feira) o hospital para aferir as condições de internamento e tratamento e inteirar-se do seu estado de conservação.
No final da visita, que abrangeu o centro de diagnóstico e depósito dos medicamentos, a governante assegurou que a unidade sanitária "está bem conservada e pronta para atender possíveis casos de cólera ou qualquer pandemia".
Disse que o governo vai trabalhar junto do Ministério de tutela a fim de se aumentar os fármacos apropriados e a quantidade de camas no Hospital.
Acrescentou que foram criadas salas específicas nos hospitais de referência em todos os municípios.
Por outro lado , assegurou que o Governo está a envidar esforços para a instalação de um software nos equipamentos do centro de diagnóstico do Dundo, para permitir a testagem de cólera e outras doenças.
De acordo com as autoridades angolanas , Angola está no nível dois de alerta máxima de vigilância da cólera, devido ao surgimento de casos nas zonas fronteiriças.
O nível dois significa que Angola ainda não regista casos de cólera, mas que deve estar em alerta e criar estratégias de preparação e prevenção em caso de surgimento da doença.
A RDC, com um surto desde 2023, tem um acumulado de 42 mil casos.
A província da Lunda-Norte partilha mais de 700 quilómetros de fronteira terrestre e fluvial com a RDC. JVL/HD