Lobito - O Fundo Global vai disponibilizar 126 milhões de dólares para tratamento do HIV/SIDA, Malária e Tuberculose nas provincias de Benguela, Cuanza Sul e Bié, no triénio 2024/27, soube a ANGOP, esta segunda-feira.
Em declarações à ANGOP, a margem de um workshop técnico que decorre no Lobito, esta segunda a terça-feira, Evaristo Waya, um dos responsáveis do evento, afirmou que este financiamento tem como finalidade reduzir o risco dessas doenças e melhorar a saúde sexual e reprodutiva, de 2024 até 2027.
Segundo ele, todos os parceiros estão a trabalhar no assunto para dar resposta sobre a implementação dos programas e acções referentes a essas endemias.
"A proposta deverá ser submetida ao Fundo Global no dia 21 de Agosto deste ano", afirmou.
Sobre a extensão do programa à provincia do Bié, disse ser fruto dos bons resultados dos trabalhos da primeira fase, realizados em Benguela e no Cuanza Sul, desde Julho de 2021.
Aquele responsável disse ainda que as intervenções, principalmente na área do reforço do sistema de saúde, na prevenção e apoio ao HIV/SIDA, Malária e Tuberculose, e também na cadeia do abastecimento dos postos de saúde, vai fazer com que os serviços sejam melhorados em benefício da população.
"Todos os serviços estão a ser apoiados pelo Fundo Global através dos parceiros locais como os governos provincias, com fundos para aspectos institucionais, e organizações como a Visão Mundial e a ADPP, que recebem fundos para intervenções comunitárias", explicou.
Questionado sobre constrangimentos, apontou a dificuldade no acesso aos serviços porque estes, nem sempre estão próximos das populações.
"As pessoas têm de deslocar-se grandes distâncias para encontrarem os serviços. Ai está a importância dos parceiros comunitários, que devem garantir que esses serviços possam chegar às populações", defendeu.
Outro desafio, segundo Evaristo Waya, tem a ver com a formação de quadros, porque não são suficientes para dar cobertura às necessidades.
É de opinião que os medicanentos devem estar disponiveis, dando como exemplo, os da tuberculose, cujo tratamento é muito longo e muitas pessoas, por dificuldade de transporte, acabam por desistir.
Por outro lado, por serem muito forte e não haver alimentação compatível, os pacientes não tomam e cria resistência.
"Todos esses aspectos são importantes para darmos uma resposta adequada em relação as três endemias", considerou.
Participam neste evento de dois dias, represenates do Fundo Global, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), do Ministério da Saúde, Organizações Não Governanentais e sociedade civil. TC/CRB