Lubango – Quarenta e três plantas medicinais, das três mil identificadas, foram catalogadas em Novembro do corrente ano, nas províncias de Malanje e Huíla, por especialistas de investigação científica do Fórum de Medicina Tradicional e Natural (Fometra).
Trata-se de plantas conhecidas como estromonia, cidreira, ayolo, espírito santo, amona, okwamona, que servem para curar várias patologias, com destaque para a malária, diabetes e hepatite B.
Segundo o presidente do Conselho Regional Administrativo do Fometra, Mário Silvano, os 38 especialistas em investigação científica em plantas medicinais continuam a trabalhar para a descoberta de outras plantas para cura humana.
O também médico tradicional afirmou que, nesta altura, a organização está a trabalhar com o laboratório da faculdade de medicina da Universidade Rainha Njinga Mbandi (FM-URNM) para posterior fabrico de comprimidos para o efeito.
Fez saber que, depois de concluído o processo de fabricação dos comprimidos, o Fometra vai estabelecer um convénio com o Ministério da Saúde, para posterior entrega destes fármacos em distintos hospitais visando salvar vidas humanas.
Alertou ser importante que o usuário, os profissionais de saúde de medicina tradicional e convencional e os prescritores tenham conhecimentos sobre a planta, a correcta identificação, conservação, modo de preparo e uso, além dos possíveis efeitos colaterais.
“Muitas plantas são utilizadas com finalidades medicinais, constituindo alternativas terapêuticas complementares ao tratamento de doenças, trazendo inúmeros benefícios à saúde, quando utilizadas racionalmente e de maneira adequada”, reforçou.
O Fometra é uma instituição criada ao trabalho de investigação em medicina natural e tradicional, na perspectiva curativa e preventiva e existe há 19 anos. Controla mais de 63 mil filiados, sendo que 27 mil 644 inscritos na Huíla. JT/PLB