Mbanza Kongo – A falta de um laboratório especializado em unidades sanitárias da província do Zaire tem dificultado o diagnóstico precoce de casos da lepra nesta parcela do território nacional.
De acordo com o supervisor provincial de doenças tropicais negligenciadas, Nzilamosi Luvundisa, em declarações hoje à ANGOP, as autoridades sanitárias locais controlam cinco pacientes portadores de lepra, detectados em 2021 e 2022, nos municípios de Mbanza Kongo, Cuimba e Nzeto.
Explicou que, quatro dos cinco casos de lepra já curados, foram diagnosticados em 2021 na sequência de uma campanha de rastreio promovida pela Direcção Nacional de Controlo da Lepra.
Nzilamosi Luvundisa disse que muitos pacientes com lepra apresentam-se às autoridades sanitárias já em fase avançada da doença, tendo, para isso, defendido a realização regular de campanhas de prospecção activa nos municípios afectados.
O supervisor provincial de doenças tropicais negligenciadas no Zaire advogou, também, a criação de uma leprosaria na região para o tratamento dos leprosos.
Entre as doenças tropicais negligenciadas, o responsável apontou a tripanossomíase humana, a lepra, a schistosomíase, a úlcera de buruli, a paracytose, a filaríase linfática e a oncocercose. DA/JL