Executivo reitera investimento no capital humano

     Saúde              
  • Luanda • Quarta, 17 Julho de 2024 | 10h43

Luanda - O investimento em capital humano continua a ser uma das prioridades do Executivo angolano, visando fortalecer cada vez o sistema de saúde e melhorar a vida dos cidadãos.

A informação foi reiterada terça-feira, em Lisboa (Portugal), pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, durante a 7ª edição do fórum EurAfrican 2024, realizado de 15 a 16 deste mês, onde dissertou o tema "Reforçar a eficiência dos sistemas e promover a qualificação do pessoal“.

Neste sentido, fez saber que nos últimos cinco anos, foram admitidos 41.093 funcionários e colocados principalmente nos cuidados de saúde primários, o que representa um incremento de 40,5 por cento na força de trabalho do Ministério da Saúde (MINSA).

No que diz respeito, à formação e à qualificação da força de trabalho, a ministra fez saber que está a ser implementado um plano ambicioso de formação especializada de 38 mil profissionais em todas as carreiras, financiado com um empréstimo de 200 milhões de dólares do Banco Mundial.

Este projecto, adiantou, está alinhado ao processo de admissão de quadros para aumentar a capacidade resolutiva nos três níveis de atenção sanitária, com foco particular nos cuidados de saúde primários, visando a médio prazo a criação de equipas de saúde familiar para garantirem cuidados de saúde holísticos, ao longo do ciclo de vida de cada pessoa, e acelerar o alcance da Cobertura Universal de Saúde até 2030.

Segundo a titular da pasta, no âmbito da sua implementação, Angola tem contado com um sólido e fraterno apoio de Portugal, através de várias instituições académicas e hospitalares.

A formação especializada está a ser realizada maioritariamente 80 por cento a nível nacional e apenas 20 por cento em instituições internacionais, onde cerca de três mil médicos angolanos já estão em especialização em diversas áreas, no exterior do país.

Por outro lado, 80 por cento do capital humano a formar está voltado para as especialidades prioritárias, como a saúde pública, medicina geral e familiar, pediatria, ginecologia e obstetrícia, ortopedia, cirurgia geral, medicina interna e anestesiologia, sem deixar de parte a alta complexidade, a investigação científica e áreas-chave do regime geral.

De acordo com a responsável, para o reforço das acções formativas está a ser criada a Plataforma Digital de Formação – E-learning, que irá permitir o estabelecimento de teleducação para melhorar a prestação de cuidados de saúde em todos os níveis assistenciais, incluindo áreas rurais e remotas.

Estão também focados na implementação de políticas públicas para a fixação dos profissionais de saúde em zonas recônditas, com destaque para a aprovação do Decreto Executivo Presidencial que regula o pagamento de subsídios de isolamento, de renda e de instalação para garantir que o nosso pessoal permaneça motivado e comprometido.

Estão igualmente em desenvolvimento iniciativas inovadoras de transformação digital dos sistemas de informação sanitária, expandindo a sua utilização e integração em todas as instalações de saúde.

Neste sentido, referiu, estão a ser expandidos serviços de telemedicina para alcançar áreas remotas, garantindo que os cuidados especializados sejam acessíveis a todos.

"Estamos a trabalhar para melhorar a gestão da cadeia de abastecimento, tendo sido lançada há um mês a plataforma digital integrada de gestão digital de medicamentos e insumos médicos, que vai tornar mais eficiente o acesso contínuo de produtos de saúde do utente”, assegurou.

Para reforçar a governança do sector da saúde está a ser actualizada a Lei de Bases do Sector que vai orientar a organização, regulação e direcção do Sistema Nacional de Saúde, estabelecendo princípios, directrizes e objectivos para actuação das instituições e profissionais de saúde adaptada ao contexto actual nacional e internacional.

O EurAfrican Forum é uma plataforma de acção que reúne líderes de opinião, pioneiros, inovadores e sonhadores para moldar o futuro de África através de parcerias estratégicas. 

A edição deste ano tocou temas cruciais como a Geopolítica, Energia e minas, mulheres empresárias e representação feminina, Educação, Agro-negócio, Digitalização, Investimento, Infraestruturas e urbanização, Desporto e Saúde. EVC/PA





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