Luena – O secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, reiterou, esta quarta-feira, no Sumbe, província do Cuanza Sul, que o Executivo angolano continua focado na erradicação da malária, considerada a principal causa de morte no país.
O responsável falava durante o acto de lançamento da II fase da campanha de distribuição de mosquiteiros tratados de longa duração, que benefecia população das províncias do Kwanza Sul e Benguela, com mais de dois milhões e 844 mil 576 mosquiteiros.
De acordo com o secretário de Estado, Angola pretende atingir “os objectivos de Desenvolvimento Sustentável”, um compromisso internacional do qual é signatária, que prevê, dentre outras acções, acabar com a epidemia de SIDA, da tuberculose, da malária e outras doenças transmissíveis até 2030.
Disse que a campanha de distribuição de mosqueteiros tratados de longa duração à população está intimamente ligada à prioridade que o Executivo tem dedicado ao sector da Saúde, para o bem-estar dos angolanos.
Em 2021, recordou o responsável, em Angola foram notificados 9,1 milhões de casos de malária, com uma incidência de 284 casos em cada mil habitantes, tendo resultado em treze mil 676 óbitos.
Referiu que a malária é o principal problema de saúde pública no país, sendo a primeira causa de doença e de morte, de absentismo laboral e escolar, constituindo-se numa das causas de baixo peso ao nascer, de anemia em mulheres grávidas e de mortalidade materna.
Para se inverter este quadro, disse que o Executivo tem implementado políticas estratégicas com intervenções direccionadas para a promoção da saúde e prevenção da doença, com o reforço da distribuição de mosquiteiros, particularmente a todas as crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas.
Disse que o país tem registado maior disponibilidade de testes rápidos de diagnóstico, o que permite o aumento do acesso ao diagnóstico da doença, principalmente em unidades sem laboratório e o acesso ao tratamento precoce à base de Artimisinina.
O reforço da vigilância epidemiológica, a luta vectorial, a pesquisa operacional, a informação, a educação, a participação comunitária e a capacitação de recursos humanos são outras acções desenvolvidas para o controlo da malária, acrescentou o responsável.
Segundo Franco Mufinda, o Ministério da Saúde tem apostado pela construção de um sistema de saúde capaz de assegurar a cobertura universal, com foco na qualidade dos cuidados, para garantir a equidade dos serviços de saúde e a coesão social.
O responsável apelou à população para necessidade de optar em dormir debaixo dos mosquiteiros, evitando o uso dos mosqueiro para práticas de pesca ou protecção das plantações nas lavras, reiterando que o alcance de uma Angola livre da malária é uma tarefa de todos.
Em Março deste ano, o MINSA lançou a sase I da campanha de distribuição de mosquiteiros tratados em seis províncias do Norte do País, meta que constitui um ponto importante no combate à malária no país, numa accção do Executivo Angolano e dos parceiros, nomeadamente do Fundo Global, do PNUD e da USAID.