Luanda – Os índices de mortalidade materno-infantil, em Angola, verificaram uma redução de 260 para 150 mortes para cada mil nascidos vivos, deu a conhecer este sábado, em Luanda, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
A ministra apresentou estes dados durante a 1ª Jornada dos Internos da Maternidade Lucrécia Paím, que decorre de 13 a 14 do corrente mês sob o lema “Pensar o presente e contribuir para o futuro da ginecologia, obstetrícia e saúde fetal em Angola”.
Na ocasião, frisou que, apesar deste facto, os dados ainda não satisfazem os intentos do Ministério da Saúde.
Para Sílvia Lutucuta, o ideal seria 10 por mil nascidos vivos, mas factores como a situação socioeconómica, a dispersão geográfica e algumas dificuldades no acesso aos serviços têm dificultado o alcance deste objectivo, sendo uma aposta do Governo em melhorar os serviços.
Por outro lado, Sílvia Lutucuta reforçou que, nos próximos cinco anos, o Executivo angolano irá apostar na formação de 38 mil profissionais especializados no ramo da saúde.
Esta aposta, acrescentou, visa dar resposta à situação que ainda se assiste em alguns pontos do país, relativa à falta de profissionais especializados, facto que ao seu devido tempo tem sido colmatado com a formação nos últimos anos de 262 novos especialistas em ginecologia obstetrícia.
“Na semana passada, 32 profissionais especialistas terminaram o acto formativo”, referiu.
A ministra referiu ainda que a componente mais importante para a melhoria dos serviços de saúde é o investimento na formação do capital humano e a Maternidade Lucrécia Paím tem sido uma escola tradicional da medicina, em especial na área de ginecologia, obstetrícia e saúde fetal.
Segundo a governante, nesta altura, a instituição conta com 109 internos de especialidade de vários níveis, provenientes de quase todo o país, daí a importância da formação integral e das jornadas científicas.
Isto, acrescentou, para a troca de experiência, bem como a análise do que está a ser feito e a interacção entre profissionais, no sentido da partilha de conhecimentos.
Quanto às jornadas, a ministra disse ser um importante acto que permite incentivar o debate, com elevado rigor técnico, com abordagem inovadoras, proactiva, aprofundando o estado da arte de prestar cuidados de ginecologia obstetrícia, facto que permite também a troca de experiência.
Por outro lado, referiu que o encontro serve ainda de oportunidade para os especialistas das várias vertentes hospitalares e internos mostrarem a qualidade do seu trabalho e assumirem o compromisso de desempenharem um papel de maior relevo no sistema nacional de saúde.
Segundo a ministra, o Executivo investiu fortemente no acesso aos serviços de saúde, com a construção de 190 modernas unidades sanitárias, sendo destas 175 do nível primário de atenção.
Foram ainda em enquadrados nos serviços de Saúde Público 46 mil e 705 novos profissionais na carreira especial e no regime geral. ANM/SC