Luanda – O Executivo angolano, através do Ministério da Saúde (Minsa), pretende expandir, nas restantes unidades sanitárias do país, bancos de leite humanos, de modo a garantir que os bebés beneficiem deste bem e cresçam saudáveis.
A informação foi avançada quinta-feira pelo secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Alberto de Sousa, durante um acto denominado “Mamaço”, que juntou mil mulheres na Marginal de Luanda, para reflexão educativa e amamentação dos seus bebés, no âmbito do Dia Mundial do Aleitamento Materno.
Angola conta, desde 2019, com o primeiro Banco de Leite Humano, instalado na Maternidade Lucrécia Paím, em Luanda, com capacidade de recolha diária de 100 litros.
De acordo com o responsável, a expansão dos bancos de leite humanos visa, entre outros objectivos, prevenir infecções gastrointestinais, urinárias e respiratórias nos petizes, assim como proteger contra alergias, diminuição nas incidências de cárie e a melhoria da nutrição.
“Para a mãe, a amamentação ajuda o útero a regressar mais rapidamente ao seu tamanho normal, protege contra o cancro da mama e dos ovários, previne fracturas ósseas por osteoporose, o risco de artrite reumatóide, facilita o retorno do peso pré-gestacional e reduz, de forma significativa, a ansiedade e depressão pós-parto”, salientou.
Na ocasião, a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Ana Paula de Sacramento Neto, destacou a importância do Banco de Leite Humano no crescimento cognitivo das crianças.
“Com o Banco de Leite Humano é possível oferecer àquelas crianças cujas mães estão impossibilitadas de dar aos seus bebés o aleitamento materno, fazendo com que elas tenham um crescimento cognitivo, uma vida saudável melhor e sejam mais activas”, realçou.
Enalteceu o banco BAI por apoiar o projecto, em prol da melhoria da qualidade de vidas dos petizes.
Por seu turno, o representante do UNICEF em Angola, Antero de Pina, manifestou a disponibilidade da instituição de continuar a apoiar os programas do Ministério da Saúde para proteger as crianças e assegurar que o aleitamento materno seja o primeiro alimento e exclusivo até aos seis meses.
“Vamos continuar a incentivar e promover o aleitamento materno desde o pré-natal, pois este que o investimento na amamentação só traz benefícios. Precisamos, por isso, fazer o nosso melhor para atingir as metas definidas mundialmente e investir nas crianças para que elas tenham um presente e um futuro promissor”, acrescentou.
Sob o lema "Apoie a amamentação em todas as situações", para assinalar a efeméride serão promovidas acções de capacitação dos jornalistas, palestras nas igrejas sobre a importância do aleitamento materno, entre outras actividades.AB/MCN