Luanda – O Governo dos Estados Unidos da América desembolsou, nos últimos três anos, cerca de dois milhões de dólares em apoio à República de Angola, na prevenção e combate contra a pandemina COVID-19.
O montante destinou-se, entre outras acções, à aquisição de materiais de apoio aos técnicos de laboratórios angolanos, equipamentos para detecção de doenças e implementação de programas de garantia de qualidade.
Esse valor permitiu igualmente distribuir mais de 20 mil testes e insumos de colheitas de amostras, formar 420 técnicos em procedimentos de biossegurança e testagem da COVID-19 em todo o país.
A informação foi prestada, hoje, quinta-feira, pela ministra Conselheira da Embaixada dos EUA em Angola e São Tomé e Príncipe, Mea Arnold, sublinhando que essa assistência a Angola visou garantir qualidade aos diagnósticos.
A diplomata fez esse pronunciamento no acto de encerramento do “Projecto Internacional Task Force para resposta à pandemia da COVID-19 da Rede Africana de epidemiologia de Campo(AFENET)”.
Nesse período, disse, implementou-se também sistemas de informação em dois laboratórios, o que ajudou a organizar a gestão e rapidez da entrega dos resultados dos testes e descontaminar 375 laboratórios para segurança dos técnicos.
Mea Arnold acrescentou terem sido igualmente doados equipamentos científicos para futuros testes, inscritos dez laboratórios e 17 secções de testes moleculares em programas de garantia de qualidade externa.
Na opinião dessa responsável, todos estes apoios reforçaram a fiabilidade dos resultados dos testes, melhorando o controlo da pandemia COVID-19 e a capacidade de resposta do laboratório nacional a outras doenças emergentes.
Segundo a ministra Conselheira da Embaixada dos EUA, o projecto teve sucesso porque contou com a colaboração de todos os parceiros dos laboratórios, com realce para os do principa, do Regional de Benguela, alguns civis e militares.
“Embora este projecto tenha acabado com sucesso, o governo dos EUA continua empenhado em apoiar o ministério da Saúde na identificação e respostas a emergências de Saúde Pública", destacou.
Sendo assim, prosseguiu, os Estados Unidos da América vão continuar a colaborar com instituições governamentais, actores internacionais e parceiros para melhoria da saúde de todos os angolanos.
Por sua vez, a directora Nacional de Saúde Pública, Helga Freitas, reconheceu o apoio técnico e financeiro prestado pelas agências norte-americanas e na promoção de acções para uma resposta mais rápida à pandemia, de modo eficaz e com base em evidências.
A responsável angolana destacou a importância de os países estarem capacitados para a prevenção, preparação e respostas a pandemias e epidemias, cuja vigilância laboratorial constitui uma capacidade básica e fundamental.
Salientou que isso permitirá os Sistemas de Saúde responderem as emergências em Saúde Pública, nos termos previstos no Regulamento Sanitário Internacional.
“O Centro de Controlo de Doença (CDC) dos EUA e a AFENET desempenharam um papel crucial no fortalecimento das capacidades técnicas e em vigilância epidemiológica e laboratorial, no apetrechamentos de laboratórios e na implementação de sistemas de melhoria de qualidade dos mesmos” reconheceu.
As duas instituições contribuíram também para elevar o nível da capacidade do país na prevenção, preparação e resposta a pandemias e epidemias, factores que concorreram para que este projecto produzisse os resultados preconizados.
SL/MDS