Luanda - Uma plataforma de laboratório de sequência de genes foi doado, esta sexta-feira, em Luanda, ao Instituto Nacional de Luta contra o Sida (INLS) pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América.
A plataforma será implementada daqui há quatro meses e visa identificar e melhorar a gestão dos casos de Vih e da Covid-19 em Angola.
A doação foi anunciada pela embaixadora american, Nina Maria Fite, durante uma visita de avaliação a assistência técnica prestada pelo CDC dos EUA ao laboratório do INLS.
Segundo a responsável, para o funcionamento deste equipamento foram investidos um total de oito milhões de dólares.
Fez saber que desde o início do projecto já foram investidos cerca de mais de 100 milhões de dólares para o programa de Vih/Sida em Angola.
O CDC tem apoiado o laboratório nacional de Vih desde 2008 até a presente data em que o laboratório precisou adaptar-se para diagnosticar o vírus que causa a Covid-19. Além do teste de carga viral de Vih, financiou também a presença de especialistas adicionais da sua equipa, que ajudou o INLS a mudar os fluxos de trabalho.
Já o secretário de Estado para a Saúde, Franco Mufinda, precisou que o país está a viver um momento difícil devido aos casos da Covid-19, logo esta plataforma vai permitir um melhor acompanhamento dos dados, na prontidão e análise, visto ser um equipamento moderno para o trabalho que se impõe.
Adiantou que esta ferramenta vai reduzir os custos de papéis e os seus insumos, facilitando assim a sua planificação.
Informou também que o país aguarda, a qualquer momento, por uma doação de vacinas da Phizer vinda dos Estados Unidos.
O CDC, por meio do seu parceiro de implementador, a Rede Africana de Epidemiologia de Campo (AFENET), também instalou um sistema electrónico de informações laboratoriais que diminuirá o potencial de erro humano e reduzirá o tempo necessário para o processamento da amostra e o retorno dos resultados aos pacientes.
O sistema de informações é útil para os testes de diagnóstico de Vih e da Covid-19 e fornece dados em tempo real ao governo de Angola para a tomada de decisão.
Por sua vez, a Directora do INLS, Lúcia Furtado, referiu que esta plataforma de alto fluxo vai melhorar, simplificar e permitir uma maior expansão da regionalização dos trabalhos de apoio a outras províncias da região centro e sul.
Actualmente, Benguela está com capacidade de testagem de 23 mil testes por ano, e Luanda de 60 mil ano, juntando os dois laboratórios consegue-se até ao final do ano um total de 80 a 90 mil, isto para carga viral para todas as pessoas que fazem o tratamento e também para o diagnóstico precoce infantil de todas as crianças que nascem em mães seropositivas.
O INLS tem registados cerca de 111 pacientes com Vih que fazem o tratamento com anti-retroviral desde o final de 2020.