Madrid (Dos enviados especiais) – O Presidente da República, João Lourenço, afirmou, esta quarta-feira, em Madrid, capital espanhola, que o Governo angolano investe, anualmente, cerca de 25 milhões de dólares na compra de vacinas, no quadro do programa de vacinação de rotina.
Conforme o Chefe de Estado, que falava na Conferência sobre o Impacto Global da Vacinação, o Estado angolano assumiu, desde 2017, a responsabilidade de manter o programa de vacinação de rotina de forma independente.
De acordo com o Estadista, apesar dos inúmeros desafios colocados pelas limitadas infra-estruturas de cuidados de saúde e pela vasta extensão geográfica do país, Angola tem feito progressos notáveis na administração das vacinas contra a Covid-19.
No quadro da campanha de vacinação contra a Covid-19, adiantou, Angola conseguiu mobilizar milhões de doses de vacinas seguras, sendo que 25 milhões de doses foram adquiridas pelo Executivo angolano para uma população elegível de cerca de 18 milhões de habitantes a partir dos doze anos de idade.
“A realidade de Angola destaca as realizações alcançadas, os desafios enfrentados e os esforços em curso na área de imunização, evidenciando o compromisso do Executivo para com o bem-estar e a saúde de todos os angolanos”, reforçou.
Segundo o estadista, no âmbito da flexibilidade de vacinação contra a Covid-19, o Executivo aproveitou a experiência e integrou a vacina nos postos de vacinação de rotina, num processo assegurado não só pelas unidades sanitárias, mas também pelas equipas móveis.
Para João Lourenço, mais louvável é o facto de se ter alcançado uma cobertura de 84% com pelo menos uma dose da vacina entre a população elegível, sinalizando o empenho em salvaguardar a saúde e o bem-estar dos cidadãos.
O Executivo angolano, disse, está empenhado e comprometido em garantir a sustentabilidade do programa de vacinação, especialmente no que diz respeito à vacinação de rotina, e manterá a mesma dedicação na concretização da política de vacinação que vem implementando com coerência, nos casos da vacinação de rotina e nos últimos três anos, no que respeita à Covid-19.
Nesta tarefa de imunizar as populações, particularmente as crianças, Angola espera continuar a contar com o contributo de todos os parceiros, destacando a GAVI, a OMS, o UNICEF e outros que prestam uma ajuda de extrema importância.
“Essas organizações prestam apoio essencial no processo de aquisição de medicamentos, vacinas e equipamentos da cadeia de frio, garantindo a continuidade e o sucesso dos programas de saúde pública”, reforçou.
João Lourenço enalteceu o trabalho árduo e a determinação dos profissionais de saúde, das Forças de Defesa e Segurança e dos parceiros, que enfrentaram as complexidades e os desafios logísticos para administrar as vacinas ao maior número possível de pessoas.
Para o processo de vacinação contra a Covid-19, foram criados 1700 postos, em todo país, onde se administraram as vacinas da AstraZeneca, simopharm, Sptunik e Johnson& Johnson.
Entre as realizações do Executivo angolano destinadas a fazer face à pandemia da Covid-19 consta a montagem de hospitais de campanha de Viana (Luanda), da Lunda Norte, Cabinda, Cunene e o Centro Especializado de Tratamento de Endemias e Pandemias (CETEP), entre outras infra-estruturas.
Até à presente data, Angola registou 105.887 casos positivos e 1.936 óbitos. FMA/VM